BUSCA SEM RESPOSTA: Pesquisa Datafolha aponta que 13,4 milhões de brasileiros têm parentes desaparecidos

O problema atinge principalmente as classes mais pobres e equivale a 8% dos brasileiros

BUSCA SEM RESPOSTA: Pesquisa Datafolha aponta que 13,4 milhões de brasileiros têm parentes desaparecidos

Foto: Agência Brasil

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A expansão do crime organizado pelo território brasileiro não se reflete apenas no medo cotidiano ou na presença de facções nas comunidades — ela também aparece no drama silencioso dos desaparecimentos. Dados da pesquisa Datafolha, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), mostram que 8% dos brasileiros afirmam ter parentes ou conhecidos que estão ou já estiveram desaparecidos, o que corresponde a 13,4 milhões de pessoas.
 
O levantamento, realizado com moradores que convivem com grupos criminosos em seus bairros, revela que a vitimização causada pelo avanço das facções vai muito além da violência visível. O impacto emocional e social dos desaparecimentos aprofunda a sensação de desamparo das famílias, que muitas vezes não têm respostas do poder público e enfrentam longas esperas por investigações.
 
O problema atinge de forma desproporcional as classes D e E, consideradas as mais pobres. Nesses grupos, a ausência histórica do Estado, a vulnerabilidade social e a forte presença do crime organizado criam um ambiente mais propício ao desaparecimento forçado ou ao sumiço de pessoas que vivem em áreas dominadas por facções e milícias.
 
Especialistas apontam que comunidades marcadas por conflitos territoriais, execuções, disputas entre grupos criminosos e violência armada registram índices mais altos de desaparecimento — muitos deles sem registro oficial. Nessas regiões, o medo e a desconfiança das instituições dificultam a busca por ajuda, e famílias frequentemente lidam sozinhas com o trauma.
 
Os dados divulgados pelo Datafolha reforçam um cenário alarmante: o desaparecimento de pessoas é um fenômeno intimamente ligado à desigualdade e à presença do crime organizado. Para o FBSP, avançar nessa agenda exige políticas públicas específicas, fortalecimento das investigações e atenção especial às populações mais vulneráveis — que, hoje, carregam o peso das estatísticas e das histórias interrompidas.
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