Após quatro anos, a unidade bancária vem reforçando sua autoridade com ouro no lugar de dólar
O Banco Central do Brasil voltou ao mercado de ouro pela primeira vez desde 2021. Em setembro, a autoridade monetária adquiriu 15 toneladas do metal, segundo relatório do World Gold Council, elevando o total das reservas brasileiras para 145 toneladas.
A última movimentação semelhante havia ocorrido em 2021, quando o país comprou 62 toneladas de ouro. Desde então, não havia registros enviados ao Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre novas aquisições.
A compra reforça uma tendência global: bancos centrais de vários países vêm diversificando suas reservas e reduzindo a exposição ao dólar em meio a um cenário internacional mais volátil. De acordo com o relatório, a demanda mundial de bancos centrais por ouro cresceu 28% no terceiro trimestre de 2025 em comparação com o trimestre anterior, e 10% em relação ao mesmo período de 2024.
O ouro, tradicionalmente visto como ativo de proteção em períodos de incerteza, volta a ganhar espaço nas estratégias de política monetária e o movimento do Banco Central brasileiro vai na mesma direção.