O animal mais velho do planeta surgiu nas proximidades de Belize, no Caribe, há milhares de quilômetros do seu habitat natural. O tubarão-da-Groenlândia vive no Ártico, em águas extremamente frias e profundas, e possui, aproximadamente, 520 anos.
Segundo cientistas, esses tubarões podem viver pelo menos 400 anos, o dobro da expectativa de vida do animal terrestre mais longevo, a tartaruga-gigante.
O tubarão-da-Groenlândia é conhecido por ser devagar e seu nome científico, somniosus microcephalus, significa “sonolento de cabeça pequena”. O animal, acredita-se, que atinja a maturidade reprodutiva por volta dos 150 anos.
Essa espécie está entre as maiores do mundo e se aproximam em tamanho dos famosos tubarões brancos, podendo atingir até 6,4 metros de comprimento e pesar até mil quilos. O avistamento mais recente foi feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e os cientistas acreditam que o aquecimento global possa estar interferindo no comportamento do animal.
A ingestão da carne desses tubarões pode induzir sintomas semelhantes à embriaguez grave em seres humanos, e as neurotoxinas presentes podem ser incapacitantes. A toxicidade está relacionada ao óxido de trimetilamina (TMAO) encontrado nos tecidos da carne dos animais, uma adaptação que os auxilia a resistir aos efeitos adversos do frio intenso e da alta pressão da água.