Há 15 anos, um padre holandês, de nome André, tinha uma relação harmônica com os brincantes da Mulher da Sombrinha. Tradicionalmente, o bloco saía da frente do cemitério da cidade, numa alusão à lenda que originou a festa, e circulava entre as ruas de Cat
Foto: Divulgação
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
O lado profano da vida geralmente fica latente na época do Carnaval. A festa exalta a carne e aflora atitudes às vezes ocultas nas pessoas em dias normais. Para não compactuar com essa manifestação e por preservar uma separação clara entre o sagrado e o profano, a representação católica da cidade de Catende, na Mata Sul de Pernambuco, passou um bom tempo sem acompanhar e até mesmo abençoar o principal bloco carnavalesco da cidade. Mas em 2017, um padre resolveu instigar uma reaproximação, por meio de um convite que surpreendeu e alegrou os organizadores do bloco a Mulher da Sombrinha.
Há 15 anos, um padre holandês, de nome André, tinha uma relação harmônica com os brincantes da Mulher da Sombrinha. Tradicionalmente, o bloco saía da frente do cemitério da cidade, numa alusão à lenda que originou a festa, e circulava entre as ruas de Catende. No fim, os foliões e a boneca gigante paravam em frente à igreja do município para receber a benção do religioso.
O católico e morador da cidade, Miguel José da Silva, de 75 anos, aprovou o retorno da benção do padre ao bloco. "É algo muito importante, porque a igreja nunca vai fazer nata a toa. Vai trazer paz para os jovens que brincam o bloco", opinou Miguel.
O bloco Mulher da Sombrinha completa 34 anos nesta sábado (18) e iniciará seu desfile a meia noite. A agremiação nasceu a partir da lenda de uma mulher que encantava os trabalhadores da Usina Catende, pois eles contavam que eram levados para o cemitério do município, seduzidos pela mulher. Quando acordavam sobre as covas, não encontravam ninguém.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!