Multidão mata homem queimado na Venezuela

Multidão mata homem queimado na Venezuela

Multidão mata homem queimado na Venezuela

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

 Um homem de 42 anos foi queimado vivo por uma multidão na Venezuela após roubar o equivalente a 5 dólares. Morador de uma favela de Caracas, Roberto Bernal foi visto correndo na rua e, por isso, homens que estavam na calçada de um supermercado o socaram, deduzindo que ele era um criminoso. Quando um idoso disse que tinha sido assaltado por ele, os homens colocaram gasolina na cabeça de Bernal e acenderam o isqueiro. As informações são da agência de notícias “Associated Press”.

“Queríamos ensinar a este homem uma lição. Estamos cansados ​​de sermos roubados cada vez que vamos para a rua, e a polícia não faz nada”, disse Eduardo Mijares, de 29 anos. Segundo a família, Bernal era um homem tranquilo e passou os dias antes de sua morte cozinhando como gostava. Ele frequentava a igreja local, e já tinha trabalhado no Exército e como cozinheiro.

Naquela manhã, ele deixou o barraco da família para procurar emprego. Ele deixou a filha na escola e embarcou no metrô. Saiu num bairro de classe média, e, quando se sentou num banco, viu um homem de 70 anos colocando um pilha de notas equivalentes a 5 dólares (R$ 20) num chapéu. Ele pegou o chapéu, escondeu na jaqueta e fugiu passando por um ponto de mototáxi. Provavelmente seguiria para um supermercado onde compraria comida.

De acordo com a reportagem da “AP”, o homem o perseguiu, gritando "ladrão!". Quando o espancamento começou, muitas pessoas fugiram temendo o que aconteceria, mas uma multidão apoiou a ação.

Ele provavelmente teria morrido queimado no local, mas foi socorrido pelo pastor Alejandro Delgado, que trabalha como mototaxista. O pastor apagou as chamas, e Bernal foi socorrido. “Esses caras com quem trabalho todos os dias tinham se transformado em demônios. Eu podia ouvir a carne do homem queimando e estalando. Quando eu apaguei o fogo, eles atiraram garrafas na minha cabeça”, contou à “AP”.

Bernal foi socorrido, e quando a esposa Argelia Gamboa chegou ao hospital não o reconheceu. Ele morreu no dia seguinte ao linchamento.

Violência aumentou no país

Segundo a “AP”, o Ministério Público abriu 74 investigações sobre assassinatos nos primeiros quatro meses deste ano, em comparação com dois em todo o ano passado. A Venezuela tem agora uma das maiores taxas de homicídio do mundo, e é difícil encontrar uma pessoa que não tenha sido assaltada.

“A vida aqui se tornou uma miséria. Você anda sempre estressado, sempre com medo, e o linchamento oferece uma catarse coletiva. Você não pode fazer nada sobre as filas ou a inflação, mas por um momento, pelo menos, a multidão parece que estar fazendo a diferença”, disse o diretor do Observatório da Violência Roberto Briceño-Leon.

Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Na sua opinião, qual companhia aérea que atende Rondônia presta o pior serviço?
Você ainda lê jornal impresso?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS