Congresso em Foco divulga que PMDB e DEM concentram os mais ricos do Congresso - Veja os números

Congresso em Foco divulga que PMDB e DEM concentram os mais ricos do Congresso

Congresso em Foco divulga que PMDB e DEM concentram os mais ricos do Congresso - Veja os números

Foto: Divulgação

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Dos 567 parlamentares empossados esta semana, 220 (39%) declararam à Justiça eleitoral possuir mais de R$ 1 milhão em patrimônio. O governista PMDB e o oposicionista Democratas são os partidos que concentram o maior número de deputados e senadores recém-empossados com bens declarados acima de seis dígitos. Os dados foram levantados pelo Congresso em Foco no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

O DEM é a legenda com mais deputados e senadores eleitos em outubro com patrimônio superior a essa cifra: 29 (64,4%) de seus 45 representantes. Em números absolutos, o partido só perde para o PMDB, que tem 42 de seus 95 congressistas em início de mandato nessa condição financeira. Assim como o DEM, outras quatro bancadas no Congresso têm pelo menos metade de seus integrantes com patrimônio “milionário”. São elas: PTB, PR, PP e PSDB. Apenas 14 dos 98 petistas recém-empossados informaram ter bens acima dessa cifra.


Dez mais ricos têm metade do patrimônio no Congresso

O parlamentar do DEM com o maior patrimônio é Paulo Magalhães (BA), sobrinho do ex-senador Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA), morto em 2007. Ele declarou ao TSE ter R$ 14 milhões em bens. Boa parte deste montante (R$ 9,5 milhões) está dividida entre nove fazendas na Bahia. Uma delas está avaliada em R$ 3,3 milhões. De acordo com osite da Câmara, Magalhães é administrador de empresas. 



O valor declarado por Magalhães, o primeiro de seu partido, no entanto, está longe do patrimônio declarado pelo peemedebista mais abastado. O empresário Newton Cardoso (MG), ex-governador de Minas Gerais, foi eleito para uma cadeira na Câmara. Um dos mais ricos de toda a legislatura que tomou posse há dois dias, ele declarou possuir R$ 77,9 milhões à Justiça Eleitoral.

 

Entre os bens declarados, estão ações de variadas empresas, 11 automóveis, casas e outros imóveis. Em 2009, ele se viu envolvido em uma polêmica sobre seu patrimônio. A então deputada Maria Lúcia Cardoso (PMDB-MG) declarou que o ex-marido usava empresas offshore para administrar parte do patrimônio. A ex-mulher de Newton Cardoso, no processo de separação litigiosa, estimou na ação que ele tivesse bens avaliados entre R$ 2,5 bilhões e R$ 3 bilhões. Ele negou as acusações de Maria Lúcia.

 

Atrás de Newton Cardoso está o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE). O peemedebista possui R$ 36.737.673,19, divididos em quatro carros e imóveis comerciais e rurais em Brasília, Ceará, Minas Gerais, Goiás. Também possui cota de 50% da construtora Therma e possui 98% das ações da empresa de vigilância Confederal.

 

A firma teve seu nome ligado ao mensalão do Arruda, em 2009, escândalo que revelou um esquema de propina envolvendo membros do Executivo e do Legislativo do Distrito Federal. O jornal O Estado de S. Paulo reportou no ano passado que a Confederal assinou um contrato de R$ 2,6 milhões sem licitação. O peemedebista disse que se afastou do comando da empresa em 1998.

 

As duas maiores bancadas estaduais, a de São Paulo e a de Minas Gerais, também concentram maior número de parlamentares com mais de R$ 1 milhão: são 26 mineiros e 35 paulistas. Mas, quando se leva em conta o tamanho da representação estadual, os maiores índices ficam por conta de Distrito Federal, Paraná, Mato Grosso, Piauí, Tocantins e Rio Grande do Norte. Eles têm metade ou mais de seus congressistas com bens superiores a R$ 1 milhão.

 

Os paulistas são responsáveis por R$ 163 milhões. Ontem, o site mostrou que os 513 deputados e 54 senadores que tomaram posse na terça-feira possuem, somados, R$ 1,6 bilhão. Ou seja, a bancada de São Paulo possui 10,1% dos bens declarados por todos os novos parlamentares.

 

Na terça-feira, 55 parlamentares mineiros tomaram posse. Apesar de a bancada ser menor que a paulista, a soma dos bens é um pouco maior do que a do maior estado do país: R$ 164,5 milhões. A diferença é de R$ 1,4 milhão.

O levantamento foi feito com base nas informações prestadas pelos parlamentares ao registrarem a candidatura na Justiça eleitoral. Não entrou na conta o patrimônio declarado pelos senadores em meio de mandato. A declaração deles foi registrada em 2006.

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