SAÚDE - Pesquisa mostra que no país de 1 em cada 4 portadores de catarata fica cego por falta de informação
Foto: Divulgação
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É o que mostra um estudo feito pelo oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, com 184 pacientes com idade entre 60 e 84 anos nos últimos 15 meses. Dos 25% (46 pacientes) que já chegaram cegos à avaliação médica, todos tinham mais de 75 anos. Desses, cerca de 70% (32 pacientes) não enxergavam com um dos olhos, enquanto outros 30% (14 pacientes) estavam cegos dos dois olhos. Exames clínicos realizados durante o estudo indicaram diabetes em 15% dos participantes, colesterol alto em 17% e hipertensão em 20%. Segundo Queiroz Neto, além do envelhecimento, estas doenças facilitam a progressão da catarata e por isso sinalizam necessidade de exame de vista anual a partir dos 50 anos. Outros fatores de risco destacados pelo médico são:
· Exposição ao sol sem proteção ocular |
· Rotina estressante |
· Sedentarismo |
· Maus hábitos alimentares |
· Tabagismo |
· Ingestão diária de bebida alcoólica |
· Traumas oculares |
· Uso prolongado de corticóide, diurético ou tranqüilizante. |
Dos que só procuraram o especialista quando já tinham perdido a visão, 62% apontaram a crença de que a perda da visão é um processo natural do envelhecimento sem solução, como motivo para adiar a cirurgia. Outros 37% afirmaram ter medo de sentir muita dor e até perder a vida durante o procedimento.
O médico diz que não há motivos para temer a cirurgia. Hoje, observa, o procedimento é minimamente invasivo, rápido, indolor, as atividades podem ser retomadas em 24 horas e por ser feito com anestesia tópica (com colírio) o risco de à vida é inexistente. Além disso, explica, quanto mais o procedimento é adiado, maior é a rigidez do cristalino o que dificulta a extração e aumenta o risco de complicações cirúrgicas. Por isso, afirma, é importante saber identificar a doença e procurar o médico para evitar a cegueira.
Os primeiros sinais da catarata são:
· Alteração da capacidade de enxergar com pouca luz |
· Dificuldade para dirigir à noite |
· Troca frequente do grau dos óculos |
· Perda da visão de cores e contraste |
· Enxergar halos noturnos em volta da luz |
Queiroz Neto afirma que além de dificultar as atividades diárias, a opacificação do cristalino diminui a visão de profundidade que facilita quedas e leva à depressão muitos dos portadores de catarata. A última geração em lentes intra-oculares lançada este ano, ressalta, ganhou uma zona óptica para perto maior. Isso permite regular a quantidade de luz que chega à retina. Esta modificação, explica, aumenta a visão intermediária e de profundidade, resultando em menor fadiga visual no computador. A nova lente corrige simultaneamente a catarata, presbiopia, miopia até 14 graus, astigmatismo até 8 graus, além de eliminar aberrações oculares que aparecem com a idade. Significa mais segurança no volante, aumento da visão de cores e contraste. Ele diz que o resultado da cirurgia é bastante previsível, mas o sucesso depende de completa bateria de exames clínicos e biometria de imersão que aumenta em 5 vezes a precisão do cálculo da lente.
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