Roraima - Sefaz contesta presidente do Incra e nega transferência de R$1 bilhão

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Foto: Divulgação

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*Secretário Carlos Pedrosa: “Não é bom ao homem público falar o que não é a realidade” Em artigo publicado na Folha (Pág.02 – Ed.19-04-06), o presidente do Incra, Rolf Hackbart, disse que o processo de homologação da reserva Raposa Serra do Sol foi acompanhado de ações desenvolvidas pelo Governo Federal que resultaram na aplicação superior a R$ 1 bilhão, através de convênios com o Governo do Estado e municípios. O secretário estadual da Fazenda, Carlos Pedrosa Filho, contestou a informação dizendo que no máximo os convênios com o Governo Federal alcançam 1% do valor citado. *O secretário estranhou a afirmativa do presidente do Incra tendo em vista que o orçamento do Estado é de R$ 1 bilhão. Assim, se o Governo Federal tivesse transferido R$ 1 bilhão, o orçamento teria sido de R$ 2 bilhões. Sem saber de onde Hackbart tirou a cifra indicada, supõe que tenha partido de informações falsas dadas por assessores. Argumenta que a transferência daquele valor significaria uma revolução em termos de obras e serviços. *“O Produto Interno Bruto [PIB] de Roraima está em torno de R$ 1,9 bilhão e, sendo assim, teríamos recebido quase 60% do PIB. Isso não ocorreu. No ano passado, o que recebemos do Governo Federal em forma de convênio girou em torno de R$ 12 milhões. Então, efetivamente não sabemos de onde veio esse dinheiro. Creio que o presidente do Incra se equivocou quanto aos números, criando uma expectativa falsa na sociedade. E não é bom para um homem público jogar números que não correspondem à realidade”, declarou o secretário estadual da Fazenda. *A partir das afirmações constantes no artigo do presidente do Incra, e levando em conta a grande quantidade de dinheiro, ele pode ter sugerido que os recursos tenham sido mal aplicados ou com desvio de finalidade. Diante disso, Carlos Pedrosa foi rápido na contestação. *“Esse cidadão não tem autoridade para falar do governo Ottomar, exemplo de transparência, austeridade na aplicação e qualidade do gasto. Creio que baseado em informações inverídicas ele adotou mais uma posição equivocada, a de colocar números que não correspondem à realidade através de um jornal conceituado como é a Folha de Boa Vista”. *O secretário disse que ainda ontem iria levantar as informações junto ao setor competente do Tesouro para hoje repassa-las à Folha e justificou: “O governo Ottomar prima pela transparência. Em princípio imagino que os repasses através de convênios girem em torno de 1% do valor mencionado pelo presidente do Incra”.
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