PARTIDOS POLÍTICOS - Sócios no mesmo negócio com as honrosas exceções

COLUNA

20 de Junho de 2016 às 08:10

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Até pouco tempo imagina-se o Brasil como uma árvore frondosa, aparentemente forte, produzindo excelentes frutos, resistente às intempéries da natureza e às investidas do homem. Deixando de lado a imaginação e mergulhando na realidade brasileira, descobrimos, agora, que a grande árvore estava carcomida e prestes a desabar. Seu âmago estava comprometido pela ação deletéria de cupins, que trabalhavam diuturnamente para destruí-la.

Jacques Rousseau definiu República como um Estado regido por lei, onde o interesse coletivo prevalece e o patrimônio público representa algo. No Brasil de hoje, porém, partidos, políticos e empresários, conseguiram distorce completamente o conceito de República. O bem comum deixou de ser prioridade e a coisa pública transformou-se em objeto de cobiça para alimentar a avidez onírica de corruptos, travestidos de cidadãos decentes.

Quando começaram as investigações da Lava Jato, acreditava que apenas membros da cúpula do Partido dos Trabalhadores engordavam suas já polpudas contas bancárias com dinheiro surripiado do caixa da Petrobras, Hoje, para surpresa de muitos e indignação geral, sabe-se que PT, PMDB, PSDB, DEM, PDT, PTB, PC do B, PP eram sócios no mesmo negócio.

Pobres brasileiros! Nada lhes resta, não lhes sobra, nem as migalhas dos banquetes palacianos. Só os barões do poder, os sócios da república partidária e seus apaniguados é que se dão bem. Ao povo, coitado, resta-lhe somente o direito de assistir nos telejornais onde, como e de que maneira foram torrados os bilhões de reais extraídos de seu bolso, através de uma infinidade de impostos, taxas e contribuições.

Parabéns! Os senhores, sócios da república partidária, conseguiram. O Brasil está quebrado. São milhões de jovens, pais e mães de família desempregados, indústrias fechando suas portas e a inflação levando à população ao desespero. E muitos ainda têm a cara de pau de dizerem que as graves denúncias que lhes pesam sobre os ombros são mentirosas, falsas, caluniosas, como se a sociedade fosse composta apenas de imbecis.

Direito ao esquecimento

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