OPINIÃO DE PRIMEIRA - Por Sérgio Pires

COLUNA

08 de Outubro de 2015 às 05:00

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UMA SALADA DE PARTIDOS E UM BALCÃO DE NEGÓCIOS NA POLÍTICA

Você votaria num candidato do Partido da Construção Imperial? Pois esse é um dos 15 novos partidos que estão pedindo registro no Tribunal Superior Eleitoral. A formação de siglas políticas, aliás, é mais uma coisa que conseguimos esculhambar. A maioria é de nanicos, apenas balcões de negócio, vendendo parcerias em eleições para candidatos e para formação de alianças que aumentem o tempo do horário eleitoral gratuito. Com exceção de alguns nomes mais conhecidos e fortes (PMDB, PT, PSDB, PSB, PDT e PTB, além de um ou outro não citado), todos os demais são frações, sem ideologia, sem programa claro, sem rumo. Criam-se para contentar e abrigar pseudolideranças, mas todos de olhos voltados para o milionário Fundo Partidário, que é a essência da maioria deles, além, é claro, das negociações espúrias e vergonhosas. O Partido da Mulher Brasileira, por exemplo, está cheio de homens. A Rede Sustentabilidade só tem Marina Silva e Heloisa Helena e o resto são os sem voto do PSOL. Novidade? Só mesmo o Partido Novo, recém criado, que, pela lógica da política nacional é natimorto. Já avisou que não aceitará coligações e nem um centavo do Fundo Partidário. Tem alguma chance de sobreviver nessa selva de irregularidades, malfeitos e malandragem? Claro que não.

Os vícios do contexto político partidário brasileiro estão piorando cada vez mais a representação política. É caminhada de caranguejo, só para trás. E, é claro, o Congresso Nacional alardeia uma reforma política que nunca sai do projeto, porque do jeito que está serve a muitos interesses e muitos bolsos. Mas é claro que não servem ao povo nem o país. O problema é que para nossa classe política, cada vez menos interessada no que o Brasil e sua gente precisam, não poderia estar melhor. Eles deitam e rolam. Nós sofremos...

LUTA PELA BR 319

Deputados estaduais de Rondônia e Amazonas estão unindo forças para batalhar pelo reinício da sobras da BR 319, que liga das capitais dos dois Estados. Nesta semana, houve uma audiência pública aqui, sobre o assunto. Entre as decisões: uma caravana de parlamentares tanto daqui como do Amazonas, vão viajar pela rodovia que nunca fica pronta, por questões ambientais, por pressão das ONGs internacionais e até de empresas que não querem que Porto Velho e Manaus sejam ligadas por terra. O presidente da ALE, deputado Maurão de Carvalho, já declarou o apoio total do parlamento à batalha pela 319.

BOICOTE PODEROSO

Na audiência pública sobre a BR 319, os deputados falaram grosso, fizeram duras críticas e bateram firme, exigindo que a obra seja concluída. O proponente da reunião, deputado Airton Gurgacz, o ex presidente da ALE, Hermínio Coelho, o deputado Riabamar Araújo, o jovem Léo Moraes, entre tantos outros, falaram sobre o assunto, querendo que a BR 319 saia um dia do papel. O boicote contra ela é grande, de gente muito poderosa e até a União, pressionada, faz de conta que quer a estrada, mas aceita qualquer imposição dos ambientalistas. Que, aliás, também sempre conseguem apoio no Judiciário. Não será fácil a 319 virar realidade...

CORAÇÃO E DIABETES

Dois importantes personagens da vida política do Estado estão com problemas sérios de saúde. O ex deputado e ex secretário de segurança, Paulo Moraes, está internado na UTI do Hospital Central, lutando contra problemas respiratórios e de diabetes. Já o ex presidente da Assembleia, Carlão de Oliveira, sofreu um enfarte e até esta quinta ainda estava internado também o Central. O estado de Moraes é considerado bem mais complexo, enquanto Carlão já está se recuperando. Paulo Moraes é pai do deputado de primeiro mandato, Léo Moraes, que, aliás, é pré candidato à Prefeitura da Capital. Carlão é pai do deputado Jean Oliveira, em seu segundo mandato.

POLÍTICA ANTES DE TUDO!

A eleição dos 25 conselheiros tutelares da Capital, neste domingo, foi uma pequena prévia das eleições municipais. Amparados por partidos, cada um dos concorrentes se comprometeu, é claro, a devolver o apoio em 2016. Vereadores, principalmente, se dedicaram a fundo na campanha, mas também da administração municipal e de partidos de oposição, houve mobilização para esse ou aquele nome. Os 25 eleitos já estão comprometidos até o pescoço com seus preceptores políticos para o ano que vem. Deveriam mesmo é se concentrarem, antes de tudo, em estar comprometidos com os menores, a quem devem proteger.

BURRADA FEITA

O confronto entre a Prefeitura e trabalhadores do transporte coletivo em greve se ampliou, quando foi anunciada a contratação de 50 ônibus para transportar a população gratuitamente. Os grevistas se revoltaram. A Prefeitura ainda sonha em trazer alguma empresa para a cidade, mas a situação tomou contornos imprevisíveis. Foi feita uma grande burrada e agora parece que não há humildade para se voltar atrás. É importante que se diga: enquanto os grandes brigam, são os pobres, os mais necessitados, os que agora são obrigados a andar a pé, os maiores prejudicados.

PERGUNTINHA

O Judiciário, que até agora ficou sempre do lado da Prefeitura no caso do transporte coletivo, não vai determinar alguma solução urgente no caso dos ônibus, para não continuar prejudicando população?

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