OPINIÃO DE PRIMEIRA – As dragas e os garimpeiros voltaram ao madeira – Por Sergio Pires

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As dragas e os garimpeiros estão de volta ao Madeira (foto), depois de vários anos. Ressurgiram aos poucos. Mas o número cresceu a tal ponto que, em setembro passado, uma operação liderada pela Polícia Federal prendeu nada menos do que 28 pessoas (incluindo duas mulheres) e destruiu máquinas de dezenas de balsas ilegais que extraíam ouro do Madeirão. Unidos em cooperativas, eles reiniciaram o trabalho alegando que têm direito, enquanto os órgãos ambientais e o Ministério Público os querem o mais distante possível do rio. A verdade é que quando  a mineração começa, não para mais. Hoje, só perto da ponte do rio Madeira, no bairro da Balsa, já são pelo menos umas 20 balsas na margem e outra dezena e meia já dentro do rio. A fumaça dos motores usados na busca do ouro também está de volta. Muitos curiosos param sobre a ponte recém inaugurada para ver os garimpeiros trabalhando. Para a maioria dos porto velhenses, gente jovem, as cenas são inéditas. Grande parte só ouviu falar  e não viveu a corrida do ouro dos anos 70, quando o Madeira foi infestado por balsas, violência, mortes e, tão terrível quanto isso tudo, o mercúrio.

Há um endocrinologista da Capital que tem alertado: muitos dos seus pacientes estão com índices de mercúrio no organismo muito acima do aceitável. Peixes do rio Madeira, diz ele, ainda uma voz isolada, porque há poucos que acreditam que o metal possa ainda estar causando males à população. Mas basta pesquisar um pouco, para se saber que o mercúrio leva centenas de anos para ser absorvido pelo ambiente. E continua contaminando. Por isso, a preocupação do novo garimpo, ainda incipiente e na fase inicial. Voltaremos a viver tudo o que vivemos na década de 70?  Está na horas das autoridades explicarem à população o que está realmente acontecendo.

A MESA E O GOVERNO

O governador Confúcio Moura ainda está montando o quebra cabeça do secretariado para seu segundo mandato. Uma das peças mais complexas se relaciona com a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. O governo pode fazer negociações políticas importantes, aceitando acordos para entregar secretarias, em troca de apoio no parlamento estadual, coisa que Confúcio não teve em seu primeiro mandato e que lhe custou muitas dores de cabeça. As conversas estão andando e devem prosseguir até durante o período das festas de final de ano.

OS QUE FICAM

Há pelo menos três nomes considerados intocáveis, pelo menos pelo que se ouve nos bastidores, na atual equipe. Emerson Castro, da Educação, fica onde está, até pelos excelentes resultados que obteve em sua gestão. Para deixar o governador à vontade na escolha da sua equipe, Emerson chegou a encaminhar uma carta de renúncia, que Confúcio nem abriu. Determinou que ele ficasse onde está. Fica também o secretário da Fazenda, Gilvan Ramos. E está confirmadíssimo o titular da Sesau, Williames Pimentel. Eles só saem se quiserem....

FOGAÇA VOLTA

Everaldo Fogaça deixou a Câmara, porque o titular da vaga, Edwilson Negreiros, vai ocupar a cadeira, por ordem do TSE. Mas tudo indica que Fogaça volta em breve. Ele é o primeiro suplente do vereador Léo Moraes, eleito deputado estadual. Se Léo conseguir superar os problemas com a Justiça Eleitoral e assumir a ALE, Fogaça automaticamente volta à Câmara. O segundo suplente na vaga é Bosco da Federal, que estava com um pé dentro e agora está com os dois fora.

PÚBLICO CASTIGADO

O caso da não liberação do Teatro Palácio das Artes, em Porto Velho, é sintomático. Recém inaugurado, o prédio sediou eventos e shows durante vários dias, inclusive um deles da Prefeitura da Capital, sem qualquer problema. No final de semana, antes do show de um humorista cearense, por falta de pagamento de uma taxa, o público foi castigado: nada de espetáculo. Burocracia asquerosa, má vontade, desrespeito para com a população. Uma vergonha!

 MAIS UMA PONTE

A construção da ponte sobre o rio Madeira, no distrito de Abunã, fronteira com o Acre, começa enfim a se tornar realidade. Foi muita conversa, vários anúncios de que a obra já estaria pronta para andar; até solenidades de lançamento da obra ocorreram. Mas, claro, só papo furado. Agora, mais de 25 anos depois, finalmente a ponte começa a ser uma possibilidade concreta. Nesta semana, com a presença do governador acriano Jorge Viana, mas sem Confúcio Moura, que estava em outros compromissos, autoridades visitaram as obras. O estaqueamento já começou. Agora sai, pelo jeito!

GRANA ENTRANDO

Só com o salário de dezembro e a segunda parte do 13º, o governo do Estado está injetando nada menos que 320 milhões de reais na economia rondoniense, a partir deste período de novembro e até o final do ano. Some-se a isso o que as 52 prefeituras, órgãos de todos os escalões, Assembleia Legislativa e empresas privadas vão pagar aos seus funcionários e se terá um belo montante de grana injetada no comércio, nos serviços e na indústria rondoniense. Um final de ano que, mesmo com a economia cambaleante, ainda será positivo para milhares de  rondonienses.

PERGUNTINHA

A continuarem as investigações e as inúmeras prisões em função da roubalheira na Petrobras, quantos sobrarão ao final, entre nomes conhecidos da política e do empresariado, do lado de fora da cela?

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