Sem carreata e sem foguetes

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Testemunhando a política de Rondônia há mais de três décadas, não consigo lembrar de uma convenção de grandes partidos que tenha se encerrado tão melancolicamente como a do MDB, no sábado passado.

 

Pareceu que todas as tensões e emoções explodiram no sonoro tapa desferido por Tomaz Correia na cara do Emerson Castro. O barulho que veio em seguida tinha a conotação da vitória de Confúcio Moura sobre a pretensão do senador Valdir Raupp. Não era mais de briga, mas de comemoração da ‘onda amarela’.

 

A festividade foi unilateral e interna. Abraços e sorrisos dos confucianos e clara preocupação e temor dos rauppianos. A expressão fechada e o cenho franzido da deputada Marinha Raupp denunciavam a contrariedade com o resultado final da convenção.

 

Do lado de fora não se viu nenhuma festividade. Coisa tão normal e tão comum nestes grandes momentos de soberania da democracia. Coisas tão afeitas à história do MDB. A pré-convenção mesmo, na Talismã, dias atrás, foi bom exemplo.

 

Mas na convenção do célebre dia 28, todo mundo saía do local silenciosamente, sem festa e sem foguete. Sem charangas e sem carreatas. Nenhuma bandeira saiu dali tremulando nas mãos entusiasmadas de nenhum militante. As pessoas passavam quietas, falando baixo, correndo para os seus carros. E iam embora.

 

Um final que dá azo a muitas interpretações.

 

Agora, uma coisa é certa: se a eleição fossem hoje, Confúcio e o ex-prefeito de Ji-Paraná, Jesualdo Pires, estariam eleitos ao Senado Federal. Esse papo era ouvido em qualquer boteco, em todo lugar. No sábado e no domingo. Inclusive na convenção do PDT, do PSB e do PP. Perguntava-se a qualquer um, e vinha a resposta nesse sentido.

 

Raupp tinha toda razão para afirmar que essa será a eleição mais difícil de sua vida. É até compreensível a sua resistência, a final, luta pela própria vida. Vida política de décadas, que corre o perigo de paralisar no dia 7 de outubro.

 

O senador foi o grande derrotado na convenção, um ambiente e um espaço onde nunca perdeu. Não é um bom presságio. Internamente, embora muita gente tenha se regozijado com o tapa que Emerson tomou, era impossível a Raupp adivinhar que o comedido Tomaz Correia deixasse o sangue cearense encher os olhos até derramar no ataque. Foi o golpe da capitulação.

 

A união e a paz são, agora, a única esperança. Elas têm que ser construídas no decorrer dos próximos 60 dias. Boa sorte a todos.

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