Foto: Divulgação
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O cenário político de Rondônia segue em constante transformação. Nas últimas semanas, decisões judiciais, movimentações partidárias e articulações de bastidores trouxeram novas nuances à disputa de 2026. Entre leis que mudam o rumo de candidaturas, entidades civis que se posicionam sobre temas polêmicos e a movimentação de lideranças locais e nacionais, o tabuleiro se mostra cada vez mais dinâmico. A seguir, os principais destaques da semana.
O veto de Lula à nova Lei da Ficha Limpa alterou profundamente as expectativas para 2026. A medida excluiu Ivo Cassol da disputa, retirando do tabuleiro um dos nomes mais competitivos do estado. Aliados do ex-governador, que ainda nutriam esperanças de sua participação, agora se veem obrigados a buscar novos caminhos, seja apoiando candidaturas já postas ou costurando alianças de sobrevivência.
Se Cassol amarga o afastamento, Acir Gurgacz respira aliviado. O senador manteve seus direitos políticos e emerge fortalecido, reposicionando-se no cenário. Para setores empresariais e aliados que apostavam em sua continuidade, a decisão é interpretada como vitória. Gurgacz volta a ser visto como opção em candidatura majoritária em possíveis coligações. Sua aspiração é o Senado, mas, para a ala progressista do Estado, sua candidatura seria bem-vinda ao Governo onde, embora não tenha ainda se posicionado como forte candidato, seria uma opção e um palanque para os progressista do Estado.
A ausência de Cassol gera efeito dominó no eleitorado. Sem seu nome nas urnas, fatias importantes de votos, principalmente da Zona da Mata e da região central, se tornam alvo imediato de disputa. Nomes como Marcos Rogério, Fúria e até mesmo novos players ganham a chance de avançar sobre o espaço cassolista. O cenário abre caminho para rearranjos intensos nas próximas semanas.
A decisão também mexe no imaginário popular. Cassol ainda mantém forte apelo emocional em parte da população, que o vê como vítima de perseguição política. Já os adversários reforçam a narrativa da “renovação”, destacando a necessidade de novos líderes. Nesse cabo de guerra, o eleitor será chamado a redefinir suas apostas para 2026 .
O Grande Oriente do Brasil em Rondônia (GOB-RO) se posiciona firmemente contra a destruição de dragas no Rio Madeira. Para o Grão-Mestre Claudenilson Alves, a política de repressão baseada na explosão de maquinário é “irracional”, além de ampliar os danos ambientais. A entidade defende um debate mais equilibrado, que considere a subsistência das famílias que vivem do garimpo.
O GOB-RO propõe regulamentar o garimpo artesanal de baixo impacto como alternativa à repressão cega. A ideia é estabelecer regras claras, fiscalização rígida e mecanismos que permitam compatibilizar a atividade econômica com a preservação ambiental. Para os maçons, somente com legalidade e responsabilidade será possível reduzir os conflitos na região.
Durante a Suprema Congregação Maçônica Estadual, em Ouro Preto do Oeste, nos dias 3 e 4 de outubro, será formalizada uma Carta Aberta sobre o tema. O documento deverá repercutir não apenas no meio maçônico, mas também junto a autoridades federais e estaduais, reforçando a necessidade de revisão das práticas de combate ao garimpo.
A iniciativa da maçonaria aumenta a pressão sobre o Governo Federal e órgãos de fiscalização. No Congresso, parlamentares de Rondônia já demonstram simpatia pela proposta de regulamentação. O tema promete ganhar corpo no debate político nacional, podendo virar bandeira de candidatos em 2026 .
Conversas de bastidores dão como certa a desistência de Hildon Chaves de uma candidatura majoritária em 2026. O ex-prefeito de Porto Velho, que chegou a ser cotado para Governo ou Senado, deve buscar uma cadeira na Câmara Federal. O cálculo é pragmático: sua base eleitoral está fortemente concentrada na capital, o que reduziria suas chances numa disputa estadual ampla.
Com a saída de Hildon da corrida majoritária, votos da capital — hoje concentrados entre ele e o atual prefeito Leo Moraes — ficam mais abertos à disputa. Hildon, por sua vez, se torna figura cobiçada por candidatos ao Governo e ao Senado, que veem nele um aliado estratégico para transferir apoios em Porto Velho. A movimentação deve redefinir alianças e ampliar a importância da capital no pleito.
Em ato político marcado pelo protagonismo feminino, Michelle Bolsonaro esteve em Ji-Paraná para lançar Marcos Rogério à reeleição e apresentar Bruno Scheid como aposta para o Senado. O evento reforça a estratégia do PL de consolidar bases no interior, especialmente em municípios de grande peso eleitoral.
Ao lançar Bruno Shaid ao Senado, o PL pode pôr em risco o sucesso de Marcos Rogério na eleição. O Senador pautou todo o seu mandato em defender o bolsonarismo e as pautas dessa ala ideológica, por isso limitou seu eleitorado. Com outro candidato nesse mesmo grupo, os votos podem se tornar ainda mais divididos e a disputa pode não ser favorável a ele, diante das demais candidaturas que também tem votos na direita. Alguns bolsonaristas que apoiam Rogério já preveem o risco. A ausência do prefeito Afonso Cândido, que não participou da solenidade, pode ser um sinal.
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