Ponte no Amazonas
Os nacionalistas são admiráveis por seu amor à Pátria, mas ficaram anacrônicos no mundo controlado pelo capital, que não tem pátria: é como a planta exótica, que viceja em terra alheia e tanto pode se adaptar suavemente ao novo meio como se tornar daninha. Por longo tempo os nacionalistas se preocuparam com a possibilidade de os EUA ocuparem militarmente a Amazônia. Atualmente, preocupam-se também inutilmente com a “possibilidade impossível” de a China dominar a floresta.
Tão estúpido quanto brasileiros se vestindo ou agitando bandeiras vermelhas e azuis dos EUA seria ver nossos patrícios acenando com bandeiras chinesas. Mas nem por haver gente se trajando ridiculamente com bandeiras de qualquer país o Brasil estaria dominado pelos embandeirados. O Brasil é uma nação consolidada e soberana, altamente respeitado na ONU, sem nenhum país inimigo e com tratados de mútuo respeito firmados com as demais nações do planeta.
É complexo de inferioridade supor que um grupo japonês, canadense, europeu ou indiano vai dominar o Brasil só porque se instalou em determinada parte do país. Ainda que um dia ou século algum país estrangeiro consiga construir pontes sobre o Rio Amazonas não estará no domínio da floresta ou do Brasil, até porque pontes sobre o Amazonas ajudariam muito os brasileiros a dominar e aproveitar melhor seu próprio território.
Eleições 2026
Que o cara-pálida leitor e aldeão internauta fique atento as mudanças partidárias visando as eleições 2026, algumas para o fortalecimento das legendas, outras buscando a sobrevivência dos políticos em vista de uma decadência acentuada nas urnas. PSB, PDT, Solidariedade e Cidadania estudam internamente a criação de uma nova federação partidária nas instâncias superiores. O PP pode se unir ao Republicanos. Já, o PSDB mantém entendimentos com o PSD de um lado e por outro lado também conversa com o MDB para uma possível aliança. É uma salada partidária dos infernos.
Goela abaixo
As disputas pelos comandos partidários em Rondônia não costumam ser democráticas, com a devida votação dos convencionais nos diretórios regionais. A coisa funciona no velho estilo, tomada de assalto, o sistema conhecido “goela abaixo”, de quem pode mais chora menos, etc, etc. Quando não se compram os “direitos” partidários de outro cacique, e se assume a direção da agremiação desejada. Para as eleições 2026 algumas siglas estão sendo cortejadas, e as lideranças invasoras negociam as mudanças de comandos pelas instâncias superiores. Teremos surpresas a vista já nas próximas semanas.
Critérios definidos
Por enquanto os critérios para que os caciques assumam os comandos partidários são os seguintes: é preciso contar com senadores e deputados federais no Congresso, porque é através deles que se estabelece os recursos dos fundos partidários vigentes para as legendas. Exemplo: Ivo Cassol não tem mandato, teve que entregar a sigla para Silvia Cristina, deputada federal. Expedito Junior não tem mandato, está sujeito a perder o controle da sigla através de negociações em instâncias superiores. Hildão Chaves não tem deputados federais, mais ninguém quer o PSDB, não precisa, por conseguinte, se preocupar. E ninguém quer tomar o PT também, sê possível ainda ficar distante.
Controle absoluto
E para não cair do cavalo, digo ter suas candidaturas ao governo estadual sabotadas, os candidatos ao CPA precisam do controle absoluto de suas legendas para não terem surpresas desagradáveis. A situação está assim entre os governadoraveis: O vice-governador Sergio Gonçalves tem o controle do União Brasil, o senadore Confúcio Moura mantem o mando do MDB, Hilton Chaves do PSDB, Marcos Rogério do PL, Silvia Cristina do PP. Adailton Fúria não tem o controle do PSD, e sendo assim pode ser apunhalado por Expedito Junior, se ele quiser. O senador Jaime Bagatoli não tem o controle do PL e se quiser ser candidato ao governo estadual terá que tomar goela abaixo outra legenda.
Expondo as dívidas
Durante a semana que passou os prefeitos que assumiram em janeiro trataram de expor as dividas firmadas pelos antecessores, casos de Leo Moraes (Podemos) em Porto Velho e Afonso Cândido (PL) em Ji-Paraná. Exceto, os prefeitos reeleitos, a maioria dos alcaides assumiram chorando as magoas com orçamentos curtos para administrar suas municipalidades. Vejam que os prefeitos Adailton Fúria (Cacoal), Carla Redano (Ariquemes) e. Flori Cordeiro (Vilhena) não chiaram. Fúria inclusive ajudou Ji-Paraná que enfrentou uma situação caótica na esfera da saúde nos primeiros dias de gestão de Cândido.
Via Direta
*** Uma nova farra de diárias para deputados estaduais viajarem para o exterior, no caso Las Vegas, cidade turística e de cassinos, desgasta a classe política *** Por isto e um passado já conhecido de outros carnavais, teremos novamente uma grande renovação dos quadros legislativos nas eleições 2026 *** Mesmo porque temos muitos predadores à espreita, principalmente lideranças emergentes na política regional *** Começam as costuras e as tratativas para as eleições ao CPA no ano que vem. Alguns nomes já postos na verdade pretendem buscar a postulação de vice de nomes de ponteira no próximo pleito.