PAU VAI QUEBRAR: Não passará um dia ou dois da eleição a prefeitura de Porto Velho, no segundo turno para a aliança chapa branca quebrar o pau

Ocorre que Hildão e Sergio Gonçalves são candidatos ao governo estadual em 2026

PAU VAI QUEBRAR: Não passará um dia ou dois da eleição a prefeitura de Porto Velho, no segundo turno para a aliança chapa branca quebrar o pau

Foto: Divulgação

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Conotação imprecisa

 

A polarização entre amantes e odiantes de ídolos políticos dificulta a união necessária para superar o atraso do país. Quem tem responsabilidade precisa evitar armadilhas e procurar caminhos conciliatórios para não prejudicar as ações urgentes para a afirmação do Brasil, que requer investimentos, a resolução dos gargalos infraestruturais e destravar o que está emperrado pelas agressivas trocas de insultos e acusações entre fanáticos.

 

Há pouco, o secretário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, André Lima, disse que há conotação política em parte dos incêndios florestais que ocorreram recentemente na Amazônia.

 

“Conotação” é uma palavra cheia de relativismo, cabendo mais ao campo da suposição que da certeza. Autoridades deveriam ignorar nuanças, meios termos e achismos e se concentrar no objetivo, factual e provável. A não ser que se demonstre cabalmente que os incêndios são criminosos com adicional intenção política terrorista, o uso de insinuações não ajuda o esforço de unidade contra o crime e a destruição ambiental.

 

O que menos se deseja nas atuais condições de infiltração do crime organizado no tecido social, político e administrativo do país é uma polarização entre amantes e inimigos do fogo. Melhor unir todos contra o crime e ignorar as suposições divisionistas.

 

 

Jogo de estratégia

 

A equipe de campanha da postulante Mariana Carvalho (União) que disputa o segundo turno a prefeitura de Porto Velho - ainda com favoritismo - tem um novo jogo de estratégia para sustar o crescimento do adversário oposicionista Leo Moraes (Podemos). Constatando que Leo estava nadando de braçadas, temos agora um marketing mais agressivo nos programas eleitorais. Reforçando as paliçadas da campanha, Mariana foi bem treinada para enfrentar Leo nos debates. Isto já ficou bem claro nas sabatinas, Maria evoluiu bem no gogó, está uma verdadeira bico doce para convencer o eleitorado.

 

Baita mobilização

 

Com mais eficiência no horário gratuito, explorando melhor as qualidades de Mariana, os chapas brancas desenvolveram uma grande mobilização pela cidade. Centenas e centenas de formiguinhas agitam as bandeirinhas da candidata situacionista nos principais cruzamentos de Porto Velho, as lideranças aliadas entraram em campo para valer e Mari melhorou sensivelmente sua performance nas sabatinas e aparentemente conseguiu sustar a onda oposicionista em desenvolvimento que já estava transformando Leo Moraes num adversário temível neste segundo turno.

 

Na reta final

 

Eu me pergunto até que ponto os chapas brancas conseguiram barrar o efeito manada em favor de Leo? Em campanhas anteriores quando este movimento de massas ocorreu, lembro os casos de Roberto Sobrinho e de Hildon Chaves, os concorrentes foram atropelados. Do lado da oposição, se constata um grande esforço também no segmento evangélico, para Leo Moraes virar o jogo, com apoio do deputado federal Fernando Máximo, Do lado de Mariana um maior envolvimento na campanha do governador Marcos Rocha conclamando seus secretários a entrar na jogada. Os comissionados governistas – são centenas deles –já estão nas paradas. Reta final emocionante, a diferença dos candidatos se aproximando, quase na margem de erro.

 

Nos debates

 

Sejamos francos, o candidato oposicionista Leo Moraes (Podemos) é favorito para os debates com Mariana, mas isto poderá ser revertido no confronto se Mari melhorar sua performance. Leo é suscetível as provocações, principalmente quando a coisa se relaciona a sua família, que ele defende como um leão. Sabe-se que ele será provocado e se cair nesta se exaltando e perdendo a linha, estará frito na sequência da campanha. Aposta-se em cutucar a onça com a vara curta para ela mostrar sua ferocidade para a plateia. Mari está bem treinada pelos marqueteiros para domesticar a fera oposicionista e garantir o seu tacacá dia 27.

 

Pau vai quebrar

 

Não passará um dia ou dois da eleição a prefeitura de Porto Velho, no segundo turno para a aliança chapa branca quebrar o pau. Não haverá mais a necessidade de fingir que os grupos políticos de Hildon/Mariana são amiguinhos da composição Marcos Rocha/Sergio Gonçalves. Ocorre que Hildão e Sergio Gonçalves são candidatos ao governo estadual em 2026. Não há interesse do vice-governador, que vai assumir o cargo de Rocha, numa vitória de Mariana e assim sendo favorecer seu concorrente direto. Por isto, esses agrupamentos não vão mais pular cirandinha.

 

As projeções

 

Com Leo Moraes derrotando Mariana Carvalho, ele virá para a campanha 2026 apoiando o vice-governador Sergio Gonçalves ao governo estadual e Marcos Rocha ao Senado. Outra possibilidade é apoiar o campeão de votos a Câmara dos Deputados Fernando Máximo ao Senado. Gonçalves vai concluir o mandato de Rocha e com isto terá o pix na mão. Sabendo disto, muitos estaduais e federais já estão se alinhando. Trata-se de um grupo bem articulado e com interesse atualmente em varrer do mapa  o clã Carvalho. Mariana agora, Mauricio Carvalho em 2026.

 

Votos nos distritos

 

A disputa pelos votos nos 13 distritos de Porto Velho neste segundo turno promete também ficar acirrada. De todos, a localidade mais populosa é da de União Bandeirantes, com economia forte, impulsionada pelo agronegócio e que está entrando na luta pela emancipação. União Bandeirantes, embora distrito, tem a população superior a pelo menos 10 municípios rondonienses e contou com um elevado índice de crescimento populacional nos últimos anos. Extrema, na Ponta do Abunã é outro distrito populoso e que já teve seu projeto de autonomia referendado pelo IBGE.

 

Via Direta

 

***Em Manaus o candidato a prefeito do PL Capitão Alberto Neto conta com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro neste disputado segundo turno com o prefeito Davi Almeida *** Em Rondônia, o apoio bolsonarista virou a eleição em Ji-Paraná a favor do deputado estadual Afonso Cândido na peleja com o prefeito Esaú Fonseca *** A esquerda rondoniense junta os cacos para 2026, quando almeja eleger deputados estaduais e federais. Atualmente só conta na Assembleia Legislativa com a deputada Claudia de Jesus *** Por falar na Casa de Leis existe o temor de alguns parlamentares numa possível onda de renovação no legislativo estadual a exemplo do que ocorreu na Câmara de Vereadores de Porto Velho neste ano.

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