Resenha política – Por Robson Oliveira

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Afogados
Jaqueline K-Sol apareceu nas inserções de TV e Rádio do PR com jeitão de pré-candidata a governadora. Ela ainda não confirmou a pré-candidatura nem nunca disputou uma eleição. Nas aparições políticas que faz sempre está a tiracolo do irmão, ainda senador Ivo K-Sol. Aliás, é no irmão que ela aposta (na hipótese de confirmar a postulação) para obter sucesso. Embora o mar não seja de almirante nem para um nem pra outro, ela tem alimentado na mídia a pretensão.
Afogados II
K-Ula e Tiziu também acreditaram que bastava o apoio do Ivo K-Sol para que obtivessem sucesso em suas empreitadas. O primeiro disputou o governo e o segundo, acostumado a grunhir alto, ensaiou uma candidatura ao Senado. K-Ula naufragou e Tiziu, antes do afogamento, pulou fora do barco. Mas ambos acreditavam que o poderoso K-Sol fosse capaz de eleger até um poste. No final das eleições, até o próprio Ivo perdeu a primeira colocação para seu principal concorrente, Valdir Raupp, de braçada. Hoje o mandato senatorial está próximo de morrer afogado. Uma questão de tempo. Portanto, o apoio do ainda senador não pode servir de guia para pré-candidato sem votos. Ademais, os problemas judiciais do senador tendem a piorar a vida política e vão deixa-lo fora do pleito por um longo tempo. Problemas que afetam diretamente os palanques dos seus fiéis vassalos.
Coragem
Jaqueline K-Sol ensaiou a postulação política desmentindo o suposto envolvimento no crime da jovem Naiara que abalou a capital, ex-funcionária da loja da pré-candidata. Foi um ato de coragem antecipar um tema que é abordado nas mídias sociais de forma agressiva e emocional. Antevê que o assassinato vai ser utilizado na campanha pelos adversários, mas não teme porque não deve. Mesmo não existindo nenhuma prova cabal que ligue Jaqueline K-Sol à cena do crime, é de bom alvitre os marqueteiros da campanha tomarem mais cuidado ao abordar a questão para não suscitar furor da família da jovem barbaramente assassinada. Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. 
Querela
A polêmica envolvendo a lei de nepotismo aprovada pela Câmara de Vereadores da capital com o objetivo claro de enquadrar o secretário de obras, irmão do prefeito Mauro Nazif, é uma bobagem.
Inoperante
Até os bagres do Madeirão sabiam que a polêmica não iria dar em nada porque as cortes superiores já decidiram sobre a querela no caso do irmão do ex-governador paranaense Roberto Requião. Ademais, o problema da má administração de Porto Velho não reside apenas em auxiliares despreparados, e sim na inércia do prefeito. Esse é quem deveria desocupar a moita. Os demais são insignificantes diante da inoperância deste.
 Infiéis
Nem passamos pelas convenções partidárias que homologarão as candidaturas para as eleições de outubro, mas as infidelidades começam a sinalizar no horizonte que nesta campanha vai ser cada um por si. Esta coluna teve acesso a uma conversa reservada entre dois dirigentes partidários que confirmam que haverá traições. A situação vai se acentuar na medida em que os postulantes aos cargos majoritários patinem nas pesquisas. O cenário é mais complicado para quem disputa a reeleição, pois vai ser pressionado a usar a máquina de forma despudorada. Resistindo, será traído. Usando, será processado.
Holofotes
Os políticos com prerrogativas de foro não serão mais julgados pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao vivo e a cores. O STF decidiu, por unanimidade, em alterar o Regimento Interno para retirar do Plenário a competência para julgar réus com direito a foro especial. Caberão às duas turmas do STF processar e julgar ações penais envolvendo os políticos. Tudo longe dos holofotes da TV Justiça que alcançou altos índices de audiência no julgamento da ação 470, conhecida como Mensalão. A decisão poupa o político encalacrado da execração pública. Não significa que vá se livrar da punição. Hoje existem noventa e nove parlamentares aguardando julgamentos, além de uma centena sendo investigado.
Performance
Durante uma entrevista ao competente jornalista Leo Ladeia, na TV Candelária, o deputado estadual Maurão de Carvalho (PP) voltou a insistir que é pré-candidato ao Governo de Rondônia. Justificou que possui quatro mandatos parlamentares e mais dois administrando a prefeitura de Ministro Andreazza. Ao consultar o site do TRE verificamos que a soma de todos os votos obtidos por Maurão nos quatro mandatos parlamentares seriam insuficientes para vencer a eleição de prefeito na capital, imagine uma disputa de envergadura estadual. Ao encerrar a entrevista, o deputado revelou que a pré-candidatura foi lançada por orientação de K-Sol. Razão pela qual esta coluna sempre viu essa postulação como cascata. Agora confirmada no programa do Leo.
PV
Após uma reunião ocorrida anteontem em Brasília, a Direção Nacional do Partido Verde decidiu proibir a legenda de se coligar com o PT e PMDB, em Rondônia. Ficou acertado que os verdes rondonienses vão se coligar com o PSDB e PSD. Na reunião com a Direção Nacional do PV participaram o presidente estadual do PSDB, Expedito Júnior, o deputado estadual Luisinho Goebel, o consultor em gestão pública, Ismael Correia e Aires Brito. Luisinho deverá tentar a reeleição, Ismael vai levar o nome à convenção dos verdes como pré-candidato ao senado e Aires a pré-candidato a deputado federal. 
 Medo
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Péricles Moreira Chagas, reuniu a imprensa, advogados, dirigentes partidários, CREA, entre outros, para explicar a situação que se encontra a sede da Justiça Eleitoral. Após um vídeo mostrando os danos causados pelas enchentes nos prédios, Moreira Chagas levou todos os convidados para verificarem pessoalmente os estragos causados. Embora tenha determinado a realização de uma perícia nas estruturas, quem visitou o local, saiu convencido que dificilmente o prédio tenha condições para acomodar outra vez o TRE. A sede do TRE virou um amontado de cabos retorcidos e um lamaçal enorme.
Pijama
Apesar de polemizar sobre todos os casos e em temas que não concordava, às vezes de forma grotesca, o ministro do STF Joaquim Barbosa anunciou hoje no Plenário que decidiu requerer a aposentaria sob o lamento do Procurador Geral de Justiça. Nas redes sociais surgiram pedidos para que Barbosa não abandonasse a corte. Mas há também manifestações de alegria pela saída do mais duro e inflexível ministro da Suprema Corte. Com suas manifestações acerbas e contudentes durante as votações amealhou junto a população média uma considerável popularidade. Como não era uma unanimidade, na comunidade jurídica, por exemplo, casou desconfiança e revolta pela forma como modificou decisões antes consolidadas. Um personagem a ser debate por muitos anos.
Direito ao esquecimento

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