Foto: Divulgação
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Feito o sorteio que decidiu os grupos e os jogos da próxima Copa do Mundo de futebol no Brasil, descobriu-se um técnico muito azarado. Roy Hogdson da Inglaterra afirmara dias antes que Manaus é uma cidade a ser evitada na Copa do Mundo de 2014 por conta do clima quente e da alta umidade relativa do ar. Em entrevista ao jornal londrino The Guardian, ele afirmou que preferia enfrentar um grupo da morte ou adversários fortes a enfrentar o clima da Amazônia. Foi “contemplado” com as duas desgraças de uma só vez: não só jogará em Manaus como terá que superar Uruguai, Itália e a zebra Costa Rica. Claro que muitos nativos manauaras ficaram enfurecidos com as declarações do técnico europeu. Porém, é bom que se diga: em momento algum ele foi grosseiro ou deselegante com os simpáticos habitantes amazonenses.
Roy Hogdson foi apenas verdadeiro, coerente e disse o que pensa, coisa que muita gente, por medo, conveniência ou hipocrisia não o faz. O abafado e desumano calor amazônico é coisa do satanás, convenhamos. Assim como a altitude dos Andes ou o frio intenso nos confins da Sibéria e também ao norte das ilhas britânicas. Esses climas extremos são propícios apenas à prática de poucos e selecionados esportes. No entanto, o desportista inglês foi extremamente educado e até minimizou os problemas que sua seleção e torcedores encontrarão na capital do Amazonas e também, em escala menor, em outras cidades do Brasil. Será que ele já ouviu falar em Malária, Dengue, Febre Amarela, Leishmaniose, Cólera, Esquistossomose, Tuberculose, Doença de Chagas, Lepra, Filariose Linfática, Oncocercose e outras terríveis doenças tropicais?
E qualquer um pode contrair uma dessas patologias. Assim como Porto Velho, a capital amazonense também é feia, suja, mal cuidada, fedida, podre, porca, imunda, violenta, deprimente, horrorosa, nojenta, de trânsito louco, mal administrada, longe de tudo e de todos, com ruas tortas, cheia de insetos e pernilongos, quase sem arborização, calorenta, fim de mundo, sem esgotos, cheia de dengue, malária e outras doenças tropicais, com igarapés sujos, fossas a céu aberto, infestada de lixo, ratos, urubus, bichos mortos, tapurus, bactérias, vírus e larvas. Compará-la a Londres, Genebra, Nova Iorque ou outra cidade civilizada, é uma indecência. Mas Manaus não é o problema e sim, o Brasil inteiro. Apesar de os amazonenses serem bons, hospitaleiros e um povo nota dez, o pobre coitado do técnico inglês nem imagina o que lhe espera por aqui.
Além das distâncias continentais que as seleções têm de percorrer, sabe-se que deslocar milhares de torcedores de uma cidade para outra e em pouco tempo é tarefa quase impossível levando-se em conta a infraestrutura precaríssima dos nossos atrasados aeroportos. Embora algumas cidades do sul do país apresentem um cenário mais otimista, os torcedores e turistas terão de conviver com assaltos, estradas esburacadas, transporte caótico, carestia, violência, exploração e toda a sorte de mazelas e desgraças. Muitos vão se arrepender de terem vindo. Aqui, quase ninguém fala nem entende o Inglês, mas somente um dialeto, uma espécie de “patois” parecido com a língua falada em Portugal e ininteligível para quem é do Primeiro Mundo. Porém, o pior de tudo é ver o Brasil ser campeão. Devíamos torcer pela Alemanha, Argentina, ou outro país mais civilizado. Quem não oferece uma boa estada aos outros e ainda assim organiza um evento com o sangue de sua população não merece ganhar nada. Copa do Mundo superfaturada, cara demais, desorganizada e perigosa. “Welcome to our hell”.
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