Foto: Divulgação
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Abrindo
Em 1995, quando assumiu o governo do Estado, o então governador Valdir Raupp deu início a um processo que marcaria para sempre sua gestão, a falência, criminosa, do Banco do Estado de Rondônia, BERON. Não é novidade nenhuma que o banco, na época com uma dívida de pouco mais de R$ 40 milhões, com manobras aparentemente “bem intencionadas”, fechou suas portas devendo mais de R$ 500 milhões, uma conta que Rondônia paga até hoje. Na época, sabia-se que o banco era viável, mesmo assim, foi feito de tudo para que ele quebrasse.
Agora
Que o PMDB voltou a governar Rondônia, Confúcio Moura segue os passos de Raupp, dessa vez, tentando quebrar a Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia – CAERD. E de forma criminosa, já que o próprio governo sabe que a empresa é viável, por mais que o próprio governo tente convencer a população do contrário, e isso se deve a um simples fator, a ideia é deixar a empresa inviável para que possa ser vendida a preço de banana.
Olha essa
Painel Político teve acesso a um relatório confidencial, produzido pela CAERD em janeiro desse ano sobre a saúde financeira da empresa. Em 24 páginas, o documento informa, por exemplo, que CAERD faturou, em 2013 R$ 117,471.856, porém gastou R$ 177.036.084, ou seja, fechou o ano com uma dívida de R$ 59.564.228,15. O relatório é o “retrato do caos”, e informa ainda, que a CAERD cobra a tarifa mais cara do Brasil. O consumidor rondoniense paga R$ 3,76 (metro cúbico) enquanto os consumidores maranhenses pagam R$ 1,62 a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA). A água em Rondônia é mais cara que em Minas, São Paulo e Rio de Janeiro.
O relatório
Intitulado “Diagnóstico da Situação Atual da Caerd e Recomendações ao Conselho de Administração”, o documento indica que 40% das ligações de água de Porto Velho (23.184) estão inativas, contra 60% (57.591) estão ativas. Também mostra que a Caerd, entre as companhias brasileiras, é a que mais desperdiça água (998,60 a cada 1 mil litros). A CAEMA fica em segundo lugar, com 910,10 a cada 1 mil. A Caerd tem para receber cerca de R$ 100 milhões, sendo R$ 40 milhões de pessoas físicas, R$ 50 milhões de prefeituras e R$ 10 milhões do próprio governo.
Mais despesas
Porém, a maior despesa da Caerd é sem dúvida nenhuma com pessoal. A empresa gasta em média com cada funcionário, R$ 130.331,10 por ano. A empresa destina 93,50% de sua arrecadação com folha de pagamento e tem o mais baixo índice de produtividade de pessoal (número de ligações por empregado), em média 158 (em uma escala de 0 a 600) contra 513 da Sabesp. A empresa gasta ainda 12,23% de sua receita com energia elétrica, 2,75% com produtos químicos para tratamento de água e apenas 4,1% em investimentos. Isso totaliza 112,58%, indicando que opera sempre no vermelho. Atualmente a Caerd conta com 711 funcionários, sendo 370 na capital e 341 no interior.
Soluções
Ao invés de fazer o óbvio, que seria enxugar a empresa, começando pela folha de pagamento através de programas de demissão voluntária, cobrança de dívidas vencidas e um plano de ampliação da rede, o governo sugere que a empresa faça um financiamento na Caixa Econômica e contrate empresas de controle de gestão. A Caerd é uma empresa que está sendo sucateada propositadamente. Confúcio já trocou três vezes a diretoria, e quando Marcia Luna , engenheira e servidora de carreira da Caerd, deu início a um trabalho de resgate da empresa, foi exonerada e substituída por uma arquiteta, Iacira Azamor. O resultado dessa troca é que até agora nada foi feito e a dívida da companhia só aumenta.
Mais gastos
O governo sugere que a Caerd passe a ser gerenciada pela Agência de Regulação de Serviços Públicos de Rondônia, criada em 2010 por Ivo Cassol para tratar de questões relacionadas a energia, saneamento e comunicações. Até agora, a tal agencia não mostrou a que veio.
O Ministério Público
Também recebeu uma cópia do relatório e vem analisando os números. É fato que a Caerd se encontra em estado deplorável, mas mesmo assim, a companhia vem brigando para garantir contratos com os municípios. A maioria não quer nem ouvir falar nisso porque os prefeitos sabem que, com uma folha pesada como a da Caerd, investimentos são praticamente impossíveis. Não existe mágica em administração, existe responsabilidade e isso parece ser um artigo difícil de encontrar no governo de Confúcio Moura.
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Reconhecimento
Em janeiro de 2012 a presidência da República instituiu, através do Programa Nacional de Apoio à Cultura (PRONAC), que eventos relacionados à música gospel e eventos relacionados a ela, ficam reconhecidos como manifestação cultural, exceto os promovidos por igrejas, o que garante a utilização de recursos públicos na promoção desses eventos.
A Assembleia
Legislativa de Rondônia demorou, mas aprovou em março deste ano a lei 3.325 que tem texto semelhante. Com isso, recursos de emendas, de prefeituras e do governo podem ser utilizados para promoção de eventos relacionados à música gospel. No caso da lei federal, ela altera a Lei Rouanet, que concede benefícios fiscais a empresas que apoiam a cultura no país.
Articulação
Valdir Raupp deve convidar essa semana o deputado federal Anselmo de Jesus (PT) para ser vice de Confúcio Moura. Com essa jogada, Raupp espera convencer os vermelhinhos a caminhar com o PMDB e de quebra ainda encerra as conversas entre o PT e o grupo de Ivo Cassol.
Situação difícil
Valdir Raupp avalia como complicada a situação do PT em relação à Câmara Federal. Segundo ele, se Roberto Sobrinho não for candidato a deputado, a legenda dificilmente consegue fazer um deputado, “o PT precisa de Roberto e Padre Ton, do contrário eles devem ficar sem representação na Câmara”. Já em relação a ex-senadora Fátima Cleide, Raupp disse que Acir Gurgacz garantiu que ela não sai ao Senado, “Acir conseguiu amarrar essa questão e Fátima não vem mais ao Senado. Se sair, é para federal, mas o grupo dela dentro do PT está fragilizado, então talvez nem para federal ela consiga se candidatar”, avalia o senador.
Raupp
Vê como ameaça a reeleição de Confúcio apenas o ex-senador Expedito Júnior, por quem ele obviamente torce contra. Mas ele reconhece as dificuldades de Confúcio, principalmente a péssima imagem junto à opinião pública. Em conversa informal, o senador disse lamentar que o Estado não tenha tido uma política econômica clara, o que, segundo ele, atrapalha demais o desenvolvimento.
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Alerta
O número de brasileiros mortos por complicações diretamente relacionadas à obesidade triplicou em um período de dez anos, revela levantamento inédito feito pelo Estadão Dados com base em informações do Datasus. Em 2001, 808 óbitos tiveram a doença como uma das causas. Em 2011, último dado disponível, o número passou para 2.390, crescimento de 196%. O aumento também foi significativo quando considerada a taxa de mortos por 1 milhão de habitantes. No mesmo período de dez anos, a taxa dobrou. Foi de 5,4 para 11,9, segundo dados do Ministério da Saúde. Os dados levam em consideração as mortes nas quais a obesidade aparece como uma das causas no atestado de óbito. Segundo especialistas, como o excesso de peso é fator de risco para diversos tipos de doenças, como câncer e diabete, o número de vítimas indiretas da obesidade é ainda maior.
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