Deputados rondonienses e acreanos resolvem saber quem é pior

Deputados rondonienses e acreanos resolvem saber quem é pior

Foto: Divulgação

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Lebrão afirmou que o deputado acreano deveria dar “nome aos bois”. Pois bem deputado, vamos nominar a boiada...

 

Retrospectiva

O ano de 2013 vai entrar para a história como o ano em que o Brasil acordou de um estado letárgico, politicamente falando. O que deu um gás para isso foi a lei do ficha limpa, que desde 2010 vem sendo debatida e em 2014 será aplicada em sua totalidade. Aliado a isso, as redes sociais e a expansão da internet, facilitam o acesso do público a informações em tempo real, e principalmente, a uma visão mais ampla dos fatos, levando a sociedade a reflexão. Paralelo a esse novo universo, temos uma classe política oligárquica e viciada, e principalmente, certa da impunidade criada por ela própria.

Com isso

Temos um deputado federal preso (Natan Donadon), mensaleiros soltos, escândalos políticos em todas as esferas e na Câmara de Porto Velho tivemos uma sessão que deveria ser de cassação, transformada em sessão de absolvição. Em que pese o fato de grande parte da comoção ter sido causada por denúncias que não foram comprovadas, como a associação ao narcotráfico, debatia-se a questão da quebra de decoro e não as acusações criminais. Mas quebra de decoro é uma questão subjetiva, tipificada em lei, mas passível de interpretações.

É fato

Que o parlamento é o espelho da sociedade. Cada vereador, deputado ou senador é legitimado pelos votos de sua comunidade. O Brasil precisa urgente de uma reforma política, de preferência de uma nova Constituição. A sociedade está no limite, cansada de tomar conhecimentos de escândalos e não ver punição. Isso se reflete nas camadas mais baixas. O criminoso pensa, “se deputado rouba, porque não posso roubar?” e vira um círculo vicioso, alimentado por esquemas de propinas e jogos de interesse.

O que vimos

Na sessão da Câmara Municipal não difere em nada do que assistimos em Brasília, quando Jaqueline Roriz, deputada federal foi absolvida por 256 votos a 166 em um processo de cassação. Ela havia sido filmada recebendo dinheiro de propina em 2011. No entendimento dos congressistas não houve quebra de decoro, mesmo a Comissão de Ética da Câmara afirmando que aconteceu.

Mas

Porque é mais fácil cassar um executivo, como prefeito ou governador do que cassar um parlamentar? Dois fatores são preponderantes, o primeiro é a convivência. Os parlamentares convivem diariamente uns com os outros, terminam estreitando laços de amizade e principalmente, desenvolvem interesses em comum, que termina virando uma espécie de cumplicidade. O segundo fator são os interesses não atendidos. O Executivo é o dono do cofre, precisa ceder sob pena da ingovernabilidade. Para quem não sabe ou não lembra, imagens de deputados achacando o então governador Ivo Cassol só vieram à público porque os parlamentares iam cassar o mandato do chefe do Executivo. Cassol relutou até o último minuto em liberar as fitas. Mas ele fez por uma questão de sobrevivência política. E governabilidade. Do contrário o Brasil jamais saberia o que estava acontecendo.

Portanto

Podemos esperar o mesmo desfecho na Assembleia Legislativa na sessão que irá julgar os parlamentares também envolvidos na operação Apocalipse. Quanto aos mais exaltados, é bom refletir sobre a seguinte questão, é melhor se organizar socialmente para cobrar a reforma política, mas não um remendo, uma reforma de fato, estabelecendo, se for o caso, o recall para políticos. Uma nova Constituição também viria a calhar. A nossa estabelece mais direitos que deveres, é paternalista, completamente fora da realidade atual e cheia de remendos. Nosso sistema ainda está na pré-história, enquanto as demandas sociais estão anos-luz à frente. Exemplo melhor de organização social foi a aprovação da lei do ficha limpa.

Não perca as esperanças

A classe política quer exatamente isso, que o cidadão repita a frase “odeio política”, porque eles sabem que com a alienação, vem a impunidade e eles podem fazer o que bem entendem. O Brasil precisa mudar, mas não será com passeatas e black blocs. Será com organização social, com voto, e principalmente, com edução e conscientização política. Faça a sua parte, ensine seu vizinho, seu colega de trabalho, seus familiares a votar. Procure informar-se sobre os candidatos, não acredite em aventureiros e esqueça seus interesses pessoais. Enquanto o brasileiro pensar apenas em si e não na coletividade, continuaremos chafurdando na lama da impunidade.

Podcast

 

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E agora?

O clima vai ficar tenso em os vereadores, principalmente Léo Moraes e Edemilson Lemos, que quase se estapearam no plenário por causa do relatório que pedia a cassação de três dos cinco vereadores.

Argumentos

E o destaque da sessão fica para o advogado Léo Facchin, que fez um discurso consistente em defesa do vereador Jair Montes. Só fiquei com uma dúvida, em relação a uma observação feita pelo advogado, ele disse que “os juízes da vara de delitos de tóxicos dão qualquer coisa que a polícia pedir, mandados de busca, mandados de prisão”, isso é um pouco temeroso, ainda mais se levarmos em consideração as supostas inconsistências da investigação apontadas pelo próprio defensor.

No Paraná

Vocês lembram do jornalista Carlos Moraes, que apresentou o programa “Fala Rondônia” na RedeTV! durante o ano de 2011? Após sua traumática saída da emissora dos Gurgacz, ele assumiu o Canal 38, não deu certo e foi embora para seu estado, Paraná. No último dia 8, ele anunciou sua pré-candidatura ao governo daquele estado pelo PHS.

Papo furado

Um factóide gerado por uma fala do deputado acreano Moisés Diniz (PC do B) no Facebook gerou uma exagerada reação por parte dos deputados rondonienses José Lebrão e Maurão de Carvalho, que “ficaram indgnados” com a frase de Diniz “comparar o Acre com Rondônia é um desrespeito”. Moisés se referia aos deputados rondonienses que usam emendas individuais para beneficiar ‘fundações familiares’. Lebrão afirmou que o deputado acreano deveria dar “nome aos bois”. Pois bem deputado, vamos nominar a boiada, começando por Zequinha Araújo, passando pela fundação Marcos Donadon, Fundação Beneficiente Ana da 8, Projeto Social, Esportivo e Educacional Renascer do deputado Saulo Moreira, ufa, e Maurão de Carvalho, que não tem mais (ao menos em seu nome) uma fundação beneficente que era mantida em Cacoal, mas que no governo de Bianco recebia uma bolada mensal.

Pois bem

Fugindo da questão xenófoba sobre acreanos e rondonienses, vamos nos ater ao que seria mais importante. Seria interessante ver toda essa indignação para cobrar do governo federal a construção da ponte lá em Abunã, que atenderia ambos os estados, colocando fim a pouca vergonha que é aquela balsa. Não vemos nossos deputados rondonienses, nem os acreanos, debatendo questões de interesse coletivo. Ambos os estados tem problemas de localização em relação aos grandes centros e nossas bancadas sequer percebem que poderiam ter mais força se caminhassem unidas em prol de toda essa região, ao invés de ficar querendo comparar quem é mais pilantra. Nessa disputa, sinceramente, não me atrevo a fazer comparações.

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Comer carne aumenta em 56% chances de diabetes, diz estudo

Um estudo de longo prazo feito com mais de 60 mil mulheres relacionou carne, queijo e outros ingredientes de uma “dieta ácida” com a diabetes tipo 2. As mulheres que comiam mais alimentos acidificantes se mostraram 56% mais propensas a desenvolver a doença do que as demais, mesmo com a ingestão de frutas e legumes. A diabetes tipo 2 é a forma mais comum da doença e é geralmente associada à obesidade e alimentos açucarados. No entanto, o mais recente estudo apontou a carne e outros alimentos que produzem ácido depois de serem digeridos como responsáveis pela doença. Acredita-se que o ácido aumenta as chances de diabetes por tornar mais difícil para o corpo transformar o açúcar dos alimentos que ingerimos em energia. O estudo francês envolveu 66.485 mulheres que tiveram a saúde acompanhada por 14 anos.

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