Foto: Divulgação
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Falta planejar
Dias atrás li uma reportagem sobre o agendamento de um programa chamado “Lixo Zero” da prefeitura do Rio de Janeiro, que consiste em multar, em valores que vão de R$ 157 a R$ 3 mil, quem jogar lixo nas ruas da capital carioca. Desde que foi implantado, em agosto, o Lixo Zero já multou 2 333 pessoas. A prefeitura utiliza 30 fiscais divididos em oito grupos que percorrem áreas previamente mapeadas.
Pois bem
Porto Velho é de longe uma das cidades mais sujas do país. Não apenas pelo fato das pessoas não terem o menor pudor em jogar lixo nas ruas, mas também pela própria limpeza urbana, que é inexistente. E isso não é exclusividade de Mauro Nazif, que simplesmente está prorrogando o problema, já se arrasta há décadas. O poder público não se mobiliza, não planeja, não executa. No máximo empurra a culpa para a população, como gostava de fazer o ex-secretário de Serviços Básicos Jair Ramires, que xingava, esbravejava e ofendia os portovelhenses dizendo que as pessoas eram porcas.
Mas isso
Acontece por um motivo muito simples, a prefeitura não faz. E deveria, tem obrigação de fazer. Todos nós pagamos impostos, taxas e tarifas praticamente todos os dias e não temos nenhum retorno desse dinheiro. Para fazer, nem precisa ter “recursos extras” ou “esperar passar a chuva”, basta boa vontade e planejamento. E principalmente, um entendimento entre prefeitura, população, Ministério Público e Justiça.
Explico
A prefeitura deveria passar um trator na maioria das calçadas dessa cidade, retirar os entulhos, areia, cascalho, mato, enfim, tudo que atrapalhe o pedestre. A partir disso, cobrar a manutenção dessa limpeza, fiscalizando, notificando e multando. O Ministério Público pode servir de mediador dessa força-tarefa e a justiça teria que agir rápido, punindo os infratores. Os proprietários de terrenos baldios e prédios abandonados deveriam ser responsabilizados. É muito fácil ter uma propriedade largada para chamar de sua, mas cuidar que é bom, nada.
Já a população
Que paga tão caro por esses serviços que nunca foram executados, pode colaborar mantendo a limpeza e denunciando quem não fizer. Legislação não falta em Porto Velho, o que falta é fazer valer a lei. A prefeitura deveria instalar lixeiras nas esquinas e meio de quadras, manter as ruas limpas. Se isso acontece inibe aquele que pensa em jogar lixo no chão.
A situação
Em Porto Velho está ficando insustentável. A capital está nojenta, suja, feia. Cheia de prédios velhos, abandonados que viram lixeiras a céu aberto. Em várias avenidas temos água servida, fétida que lembra as ruas da idade média. Essa imundície faz mal para a saúde e para a alto estima do portovelhense. Não adianta “campanha de conscientização”, tem que haver um esforço conjunto, do contrário vamos continuar exatamente como estamos. E olha que desde que me entendo por gente que essa cidade é suja.
Podcast
Ouça a coluna:
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Quebrando
O Ministério Público de Rondônia está investigando o pagamento milionário de honorários a um escritório de advocacia provenientes de uma ação movida pelas Eletrobrás Distribuição Rondônia (antiga CERON) contra a Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia, a combalida CAERD. A execução da sentença determina que a companhia repasse 10% de sua receita bruta mensal para pagar a CERON, o que representa cerca de R$ 740 mil. Em audiência realizada recentemente a presidente da CAERD, Márcia Luna informou a justiça que a empresa não tem como arcar com esse pagamento, sob pena de “quebrar de uma vez”. O juiz então reduziu o valor mensal para R$ 500 mil. Para o Ministério Público, “honorários advocatícios não são para enriquecimento” e os valores acordados devem obedecer os limites da razoabilidade. Já foram expedidos diversos ofícios, incluindo para o juízo responsável pelas ações para que sejam dadas explicações sobre os valores acertados.
Vamos aguardar
O desfecho das investigações. De qualquer forma, é uma situação difícil essa da CAERD. A companhia deve para a Eletrobrás algo em torno de R$ 800 milhões em contas de energia. Isso demonstra a total falta de responsabilidade dos gestores daquela empresa. Pior ainda é a Eletrobrás não suspender o fornecimento e deixar a dívida chegar a esse ponto. Mas fazem isso porque a conta sempre arrebenta nas costas de quem não tem nada a ver com isso, o contribuinte.
Na moita
O empresário Mário Portugues, que foi candidato a prefeito de Porto Velho se filiou ao PMDB e pode vir a ser o candidato da legenda ao governo do Estado. Se Confúcio não for. Porém, vamos imaginar que isso ocorra, Confúcio resolva que não quer ir para a reeleição. Portugues vai herdar todo o desgaste do atual governo e ainda vai ter que levar no reboque parte dessa equipe que ai está. Ou alguém duvida disso?
Massacre
Em dez anos, entre 2001 e 2011, ao menos 50 mil mulheres foram mortas no Brasil. O dado é do estudo “Violência contra a Mulher: feminicídios no Brasil” realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplica (Ipea) e divulgado nesta quarta-feira (25). Estima-se que ocorreram, em média, 5.664 mortes de mulheres por causas violentas a cada ano, 472 a cada mês, 15,52 a cada dia, ou uma a cada hora e meia. Os números são alarmantes e revelariam, segundo o Ipea, o “tímido impacto” que a Lei Maria da Penha causou nos lares que são palcos da violência doméstica no País. As taxas de mortalidade por 100 mil mulheres (vítimas de agressões) foram 5,28 no período 2001-2006 (antes da lei) e 5,22 em 2007-2011. A Lei completou sete anos no último mês de agosto. Em Rondônia o índice é de 7.42 para cada 100 mil mulheres.
Segundo o estudo
Mulheres jovens foram as principais vítimas: 31% estavam na faixa etária de 20 a 29 anos e 23% de 30 a 39 anos. Mais da metade dos óbitos (54%) foram de mulheres de 20 a 39 anos. Um dos fatores, segundo a pesquisa, foi que a lei Maria da Penha “perdeu força”, ou seja, a punição para os agressores é ineficaz. Para se ter uma idéia, até recentemente a delegacia especializada em crimes contra as mulheres funcionava apenas em horário comercial aqui em Porto Velho.
Horário corrido
Os servidores da agência Idaron estão reivindicando a implantação do horário corrido, determinado pelo governo no último dia 18 para administração direta e indireta. Segundo uma carta do sindicato da categoria, a agência não cumpre com as obrigações com os servidores e não pode cobrar que apenas eles cumpram 8 horas, ao invés das 6 estabelecidas no decreto governamental.
Extensão?
A deputada Ana da 8 anunciou ter conseguido uma “extensão da escola do legislativo” para Guajará-Mirim. Acho sinceramente que a deputada deveria ter batalhado para conseguir explicar aquele contrato criminoso feito com Alberto Siqueira. A escola do legislativo, aqui em Porto Velho já é uma coisa que ninguém consegue explicar direito, imagine funcionando longe. Essa história vai terminar em rolo. E prejuízo, claro, para a população.
Relembrando
A parlamentar vendeu, em contrato firmado no cartório, parte de seu mandato em troca de dinheiro para a campanha de deputada estadual. Inclusive dinheiro de emendas parlamentares, que em tese são para beneficiar municípios e entidades. Painel Político já havia denunciado que em fevereiro de 2011 a deputada comprou uma instituição por R$ 5 mil, o Instituto de Tecnologia, Educação, Pesquisa Socioambiental e Cultural do Mamoré (ITEM), e nomeou sua irmã como presidente da entidade. Cinco meses após o ITEM ter sido negociada pelas irmãs, à parlamentar direcionou uma emenda de R$ 250 mil. O convênio celebrado com o Governo do Estado foi para a realização da Ação Global em Saúde nos municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré.
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Peixes e castanhas não melhoram o raciocínio
Pesquisadores da Universidade de Iowa descobriram que o ômega-3 presente em peixes como salmão e nas castanhas não contribuem em nada para a melhora do raciocínio. O trabalho foi publicado na edição on-line da “Neurology”, revista da Academia Americana de Neurologia. O estudo foi feito com 2.157 mulheres com idades de 65 a 80 anos inscritas nas pesquisas clínicas de terapia hormonal da Women’s Health Initiative. Todas fizeram testes anuais de raciocínio e memória por, em média, seis anos. Exames de sangue também foram usados para medir a quantidade de ômega-3 dos participantes antes do início da pesquisa. Os pesquisadores não encontraram nenhuma diferença entre as mulheres com altos e baixos níveis de ômega-3 no sangue no momento dos primeiros testes de memória. Também não houve diferença entre os dois grupos em quão rápido as suas habilidades de raciocínio foram diminuindo ao longo do tempo.
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