Mais que os estragos causados pela cheia do rio Madeira, ocupam os espaços da mídia local as notícias sobre um contrato milionário, celebrado entre o município de Porto Velho e uma empresa da capital, para a aquisição de tubos para drenagem, pela bagatela
Foto: Divulgação
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Mais que os estragos causados pela cheia do rio Madeira, ocupam os espaços da mídia local as notícias sobre um contrato milionário, celebrado entre o município de Porto Velho e uma empresa da capital, para a aquisição de tubos para drenagem, pela bagatela de trinta e um milhões de reais. Tanto dinheiro assim despertou a curiosidade do vereador Léo Moraes (PTB), que, sentindo um odor desagradável no ar, decidiu convocar o procurador-geral do município, Carlos Dobis, para tentar desanuviar o episódio.
Quase não há um só dia em que a sociedade deixe de conhecer atos que, fôssemos justos, mandariam muita gente graúda para a cadeia. Aliás, de tanto lermos sobre atos e denúncias de corrupção que ocorrem a nossa volta, um pouco ou muito distante de nós, parece que vamos acostumando-nos a eles. O fato é que disso resulta nossa insensibilidade para os fenômenos, a tal ponto que, a cada dia, nos indignamos menos com as bandalheiras.
Há os que (como o vereador Léo Moraes) veem no ato não somente uma afronta à coisa pública, mas, principalmente, um cabal desrespeito à população. Por que oentão secretário municipal de administração, Mário Medeiros, mandou às favaso parecer da procuradoria-geral do município, desabilitando a empresa, por entender que a mesma não possuía os requisitos contratuais necessários e deu andamento ao processo? E isso o que quer saber não apenas o parlamentar, mas o contribuinte porto-velhense.
O que está acontecendo com a administração Mário Nazif? Como acreditar na seriedade de um governo quando coisas escabrosas como essas são sapecadas na cara do povo? Somos ou não um país sério? De Gaulle disse que não. O prefeito precisa mostrar quem realmente está no comando da nau, antes que ela soçobre, sem deixar quaisquer vestígios e o povo entre, mais uma vez, pelo cano.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!