“Pearl Habor” em Rondônia - Por Professor Nazareno*

Há exatos 70 anos, em plena Segunda Guerra Mundial, o dia sete de dezembro de 1941 entrou para a História dos Estados Unidos como o “Dia da Infâmia”. Sem uma declaração formal de guerra, tropas japonesas atacaram de surpresa a base naval norte-americana d

“Pearl Habor” em Rondônia - Por Professor Nazareno*

Foto: Divulgação

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Há exatos 70 anos, em plena Segunda Guerra Mundial, o dia sete de dezembro de 1941 entrou para a História dos Estados Unidos como o “Dia da Infâmia”. Sem uma declaração formal de guerra, tropas japonesas atacaram de surpresa a base naval norte-americana de Pearl Habor nas ilhas havaianas no Oceano Pacífico. Ao raiar do dia, exatamente às 7 horas e quarenta minutos da manhã, quase quinhentos caças e aviões de combate liderados pela Marinha Imperial do Japão bombardearam sem dó nem piedade as tropas americanas causando quase três mil mortos entre civis e militares além de provocar sérias avarias a então máquina de guerra dos Estados Unidos e forçando o país a entrar em definitivo naquele conflito mundial. Sete de dezembro de 2011 o STJ, Superior Tribunal de Justiça, defere liminar em favor de Valter Araújo, Deputado Estadual de Rondônia, preso na Operação Termópilas e acusado dentre outras coisas de formação de quadrilha, peculato, roubo de dinheiro público e obstrução de provas. Ele estava enjaulado desde o dia 18 de novembro e passou apenas 19 dias na cadeia.
Se o traiçoeiro ataque japonês à frota norte-americana serviu para levantar o ânimo da população dos Estados Unidos a exigir vingança a qualquer custo, a liberdade, em Rondônia, de mais um ladrão do nosso dinheiro serviu para nos calar ainda mais diante da impunidade que se anuncia. Uma vergonha de proporções oceânicas tomou de assalto todos os rondonienses e brasileiros sérios que ainda restam neste mar de corrupção e lama. Estou com vergonha de dizer que sou morador deste Estado e deste país depois desta afronta, desta traição, deste deboche. Parece até um complô das autoridades contra o povo honesto, trabalhador e fiel pagador de impostos. Porém Valter Araújo não está sozinho nestas ações, ele conta com a burrice de alguns irmãos evangélicos que lhe defendem a qualquer custo, dos bajuladores de plantão, dos muitos pastores que receberam adiantado para pedir votos para o “irmão de fé” e de uma legislação brasileira frouxa, elitista e muitas vezes conivente. Não nos enganemos: os oito deputados acusados desta infâmia receberam de nós, despolitizados eleitores rondonienses, o total de quase cem mil votos nas últimas eleições. Ou seja, aqui elegemos pessoas para nos roubar. Não são só 3 ou 4 ladrões. Muita gente os colocou lá.
Muito diferente dos japoneses da Segunda Guerra Mundial, Valter Araújo ainda vai exigir o rótulo de inocente e perseguido político, ajudado por bons advogados e por uma campanha de marketing direcionada a todos nós, estúpidos eleitores, e quer voltar a dirigir a ALE. O povo esquece muito rápido. A Operação Dominó, em agosto de 2006 na mesma Assembléia Legislativa do Estado de Rondônia já caiu no esquecimento de quase todos os eleitores deste Estado. E até hoje, não foi devolvido um centavo sequer do que foi surrupiado dos pobres e miseráveis. E o pior: ninguém está preso. No Brasil, para os políticos, o crime compensa. O restante dos presos na Operação Termópilas da Polícia Federal será solto em breve, nenhum deles vai devolver um único centavo aos cofres públicos e todos sairão com a ficha mais do que limpa depois de todos estes escândalos que mancharam para sempre o já sujo nome de Rondônia no cenário nacional. Se fosse na China, depois de julgados e condenados à morte, a família dos acusados pagaria a bala que certamente tiraria a vida destes patifes. Nos Estados Unidos ou num país sério seria prisão perpétua para cada um destes miseráveis ratos catitas.
As nossas históricas cegueira e burrice parecem querer nos condenar ao eterno sofrimento e à vergonha. Já perdemos a pouca capacidade que tínhamos de nos indignar. Falta-nos, enquanto povo, enquanto sociedade, a consciência política que sobrou aos universitários da Unir quando expulsaram Januário da reitoria. Falta um Governo de fibra a este Estado e a este país. Falta Justiça de verdade para caçar e cassar todos aqueles que dilapidam o Erário. Falta, enfim, vergonha na cara. Rondônia, neste fim de ano de 2011 é o caos completo, um lugar quase inabitável: polícia amotinada, caçambas no meio da principal avenida da capital, viadutos e outras obras totalmente paralisadas e sem data para terminar, caos no trânsito, hospital João Paulo Segundo ainda com pacientes esparramados pelo chão e sem perspectivas de melhorar, roubos e assaltos se multiplicando por todas as cidades do Estado, insegurança, medo, desespero, calamidade. Por isso, Rondônia devia colocar na sua curta História o sete de dezembro como o “Dia da Vergonha”. O dia em que o mal venceu. O dia em que fomos feitos de trouxas e rimos da nossa própria desgraça feito hienas. Os Estados Unidos sofreram o baque do dia da infâmia, mas o usaram para ir à forra. Venceram, se vingaram e depois se tornaram uma grande potência. O nosso dia foi para ficarmos mais pobres e burros.
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