O Prefeito Esbanjador - Valdemir Caldas
Foto: Divulgação
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No final do ano passado, o prefeito intumesceu aos píncaros a folha de pagamento da prefeitura, com a criação de um cipoal de cargos comissionados e funções de confiança, provavelmente acreditando que seu companheiro Lula continuaria irrigando as contas bancárias do município. E deu-se muito mal.
Agora, com as contas da máquina municipal beirando à casa do vermelho e asfixiado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o prefeito foi buscar no caixa do Ipam um facho de luz para clarear, temporariamente, a escuridão sombria na qual está mergulhada a sua administração.
Durante seis meses, a prefeitura deixará de repassar aos cofres do Ipam os 7% da contribuição patronal a que tem direito a instituição, para ajudar a custear a assistência médica dos segurados e de seus dependentes.
Nesse período, a receita do Ipam encolherá três milhões e seiscentos mil reais. Na mensagem envidada à Câmara Municipal, pedindo autorização para suspender o repasse, o prefeito culpa a crise financeira e a redução nos recursos do Fundo de Participação do Município (FPM), dentre outras inutilidades.
Sem isso, o prefeito afirma que não teria condições de arcar com o pagamento de direitos conquistados pelos servidores, nos tribunais, como o Adicional Por Tempo de Serviço (Qüinqüênio), tampouco como assumir as despesas decorrentes dos caraminguás concedidos, recentemente, a segmentos funcionais, a título de reajuste salarial.
É prática de dirigentes da coisa pública, à adoção de medidas extemporâneas e anacrônicas, sempre que os cofres públicos sofrem a ameaça de esgotar-se.
A tão propalada reforma administrativa, com o qual o prefeito pretendia resolver os problemas de caixa do município, escafedeu-se. Foi para as calendas gregas.
Diante de tanta esquizofrenia, convém perguntar: por que o prefeito e muitos dos que o cercam investem de forma desumana e cruel contra servidores públicos?
Membros do Conselho Deliberativo do Ipam, até que tentaram, por meio de um abaixo-assinado, convencer o prefeito de que a medida causará prejuízos irreparáveis à manutenção dos serviços médicos, hospitalares e laboratoriais prestados pelo Ipam. Em vão.
A questão, agora, é saber até quando o Ipam resistirá a mais esse golpe implacável, desferido pela administração do prefeito Roberto Sobrinho, do PT. Na dúvida, vamos começar a reza para que ele não tenha o mesmo final melancólico do Iperon.
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