O primeiro turno das eleições municipais no Brasil é destaque nesta segunda-feira em jornais estrangeiros, que se dividem em relação aos "vencedores" e "perdedores" da disputa.
Foto: Divulgação
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Parte da imprensa estrangeira avalia que o Partido dos Trabalhadores (PT) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se fortaleceram na primeira rodada de votações, mas diversos jornais apontaram que a disputa vai para o segundo turno nas três maiores capitais do país, à revelia dos esforços do governo.
Para o britânico Financial Times, a realização do segundo turno em São Paulo, onde a petista Marta Suplicy liderou durante toda a campanha, foi uma "grande contrariedade" para o partido do presidente.
Em um artigo na versão online do jornal, o corresponde do FT em São Paulo destacou que Marta Suplicy tem o "apoio explícito" de Lula, "algo tido como certo de assegurar-lhe, se não a vitória direta, pelo menos a certeza de ir ao segundo turno no fim do mês com uma vantagem clara". Marta ficou em segundo lugar na votação, atrás de Gilberto Kassab (DEM).
De opinião semelhante, o diário espanhol El Mundo interpretou que o PT "perde fôlego diante de seus aliados de governo". O jornal destacou o caso de São Paulo e o do Rio, onde o PMDB disputará o segundo turno com o Partido Verde. Mas lembrou que em Fortaleza a vitória do PT em Fortaleza ocorreu logo na primeira rodada.
O Mundo lembrou que as eleições "põem à prova a capacidade do PT de se sustentar sobre seus próprios pés, levando em conta que para as eleições presidenciais de 2010 já não contará com um candidato à altura de Lula".
Oposição
Já outros jornais viram nos primeiros resultados das eleições municipais brasileiras um fortalecimento do PT – ou pelo menos um recuo do seu principal opositor, o PSDB.
Para o argentino La Nación, "o PT, que superou os 14 milhões de votos obtidos há quatro anos e foi o partido mais votado, e seu aliado PMDB se apresentavam ontem (domingo) à noite como vencedores na maioria das cidades".
O diário citou o caso do Rio e o de Belo Horizonte, onde o PMDB disputará o segundo turno. Mas, nesse caso, o candidato peemedebista recebe o apoio tanto de petistas quanto de tucanos, liderados pelo governador Aécio Neves, que "decidiu apoiar um aliado de Lula para demonstrar seus dotes de consenso antes das eleições presidenciais de 2010", segundo o jornal.
Linha idêntica segue o espanhol El País, que lembra ainda que o PSDB, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, "também conseguiu um importante número de eleitos".
Mas o desempenho de tucanos é questionado em diversos artigos. O argentino Clarín afirma que "se torna visível algo que se insinuava antes mesmo do ato eleitoral: a iminente ruptura do PSDB, eixo da oposição a Lula e que tem como expoentes máximos o governador paulista, José Serra, e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves".
Cautela e violência
Mais cauteloso, o argentino Página/12 afirma que as eleições municipais "terminaram sem ganhadores" no primeiro turno.
"O partido do governo, PT, não conseguiu a vitória no primeiro turno em nenhuma das três principais cidades, São Paulo, Rio e Belo Horizonte, que voltarão às urnas em 26 de outubro", escreve o jornal.
Por outro lado, o jornal diz que o PT superou os 14 milhões de votos obtidos nas eleições municipais de 2004 apoiado "nos municípios do nordeste, a região mais pobre do país". Além disso, o partido fez seis capitais, incluindo Fortaleza, a quarta maior cidade em número de eleitores, e Recife.
Os jornais destacaram a violência que acompanhou a jornada eleitoral, incluindo ameaças do Comando Vermelho no Rio de Janeiro e a morte do irmão de um candidato a prefeito no Maranhão.
Parte da imprensa estrangeira avalia que o Partido dos Trabalhadores (PT) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se fortaleceram na primeira rodada de votações, mas diversos jornais apontaram que a disputa vai para o segundo turno nas três maiores capitais do país, à revelia dos esforços do governo.
Para o britânico Financial Times, a realização do segundo turno em São Paulo, onde a petista Marta Suplicy liderou durante toda a campanha, foi uma "grande contrariedade" para o partido do presidente.
Em um artigo na versão online do jornal, o corresponde do FT em São Paulo destacou que Marta Suplicy tem o "apoio explícito" de Lula, "algo tido como certo de assegurar-lhe, se não a vitória direta, pelo menos a certeza de ir ao segundo turno no fim do mês com uma vantagem clara". Marta ficou em segundo lugar na votação, atrás de Gilberto Kassab (DEM).
De opinião semelhante, o diário espanhol El Mundo interpretou que o PT "perde fôlego diante de seus aliados de governo". O jornal destacou o caso de São Paulo e o do Rio, onde o PMDB disputará o segundo turno com o Partido Verde. Mas lembrou que em Fortaleza a vitória do PT em Fortaleza ocorreu logo na primeira rodada.
O Mundo lembrou que as eleições "põem à prova a capacidade do PT de se sustentar sobre seus próprios pés, levando em conta que para as eleições presidenciais de 2010 já não contará com um candidato à altura de Lula".
Oposição
Já outros jornais viram nos primeiros resultados das eleições municipais brasileiras um fortalecimento do PT – ou pelo menos um recuo do seu principal opositor, o PSDB.
Para o argentino La Nación, "o PT, que superou os 14 milhões de votos obtidos há quatro anos e foi o partido mais votado, e seu aliado PMDB se apresentavam ontem (domingo) à noite como vencedores na maioria das cidades".
O diário citou o caso do Rio e o de Belo Horizonte, onde o PMDB disputará o segundo turno. Mas, nesse caso, o candidato peemedebista recebe o apoio tanto de petistas quanto de tucanos, liderados pelo governador Aécio Neves, que "decidiu apoiar um aliado de Lula para demonstrar seus dotes de consenso antes das eleições presidenciais de 2010", segundo o jornal.
Linha idêntica segue o espanhol El País, que lembra ainda que o PSDB, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, "também conseguiu um importante número de eleitos".
Mas o desempenho de tucanos é questionado em diversos artigos. O argentino Clarín afirma que "se torna visível algo que se insinuava antes mesmo do ato eleitoral: a iminente ruptura do PSDB, eixo da oposição a Lula e que tem como expoentes máximos o governador paulista, José Serra, e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves".
Cautela e violência
Mais cauteloso, o argentino Página/12 afirma que as eleições municipais "terminaram sem ganhadores" no primeiro turno.
"O partido do governo, PT, não conseguiu a vitória no primeiro turno em nenhuma das três principais cidades, São Paulo, Rio e Belo Horizonte, que voltarão às urnas em 26 de outubro", escreve o jornal.
Por outro lado, o jornal diz que o PT superou os 14 milhões de votos obtidos nas eleições municipais de 2004 apoiado "nos municípios do nordeste, a região mais pobre do país". Além disso, o partido fez seis capitais, incluindo Fortaleza, a quarta maior cidade em número de eleitores, e Recife.
Os jornais destacaram a violência que acompanhou a jornada eleitoral, incluindo ameaças do Comando Vermelho no Rio de Janeiro e a morte do irmão de um candidato a prefeito no Maranhão.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!