Política em Três Tempos - Por Paulo Queiroz

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Foto: Divulgação

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1 – GARÇOM DESPONTA Em que importe aparecer em segundo lugar, com cerca de 10 pontos percentuais de desvantagem em relação ao primeiro colocado, o resultado da pesquisa termina por indicar a sua situação como a mais confortável entre as de todos os nomes pesquisados. Fala-se, leitor, do deputado federal e ex-prefeito de Candeias do Jamari Lindomar Garçom (PV), que numa sondagem de intenções de votos para prefeito realizada pela “Laser Pesquisa” entre os dias 28 e 30 recentes, em Porto Velho, conseguiu emplacar 14,51% das preferências eleitorais dos porto-velhenses contra 24,30% atribuídos ao prefeito Roberto Sobrinho (PT), numa série de 613 entrevistas estimuladas incluindo ainda os nomes do deputado federal Mauro Nazif (PSB), do empresário Fernando Prado (PMDB), do professor Adilson Siqueira (P-Sol) e dos vereadores David Chiquilito (PSB), Kruger Darwich (PCdoB) e Zequinha Araújo (PSDC). A comodidade de Garçom no âmbito geral da pesquisa decorre menos da relativamente modesta vantagem estabelecida por Sobrinho sobre o segundo colocado – praticamente 10 pontos - e mais, muito mais, pela posição do ex-prefeito em relação ao deputado Mauro Nazif, que totalizou 9,95% das intenções de votos. Caso as medições da Laser estejam certas – e se é impossível que estejam exatas, as circunstâncias indicam que estão no rumo sensato -, significa que, de outubro para cá, Garçom cresceu em relação a Nazif, eleitoralmente falando, nada menos do que 9,78 pontos percentuais – que é a soma da atual vantagem com diferença entre os dois ao sair das urnas na eleição passada. Trocado em miúdos, leitor, informe-se que, concorrendo ao mesmo cargo na eleição de outubro, o nome de Mauro Nazif foi sufragado por 34 mil 244 porto-velhenses, significando 18,18% dos votos válidos da capital, enquanto outros 24 mil 422 eleitores da capital sufragavam o nome de Lindomar Garçom, perfazendo 12,96% dos votos válidos de Porto Velho, ficando estabelecida a diferença de 5,22 pontos percentuais em favor do primeiro. 2 – DOIS EM UM Quer dizer, na capital, em cerca de oito meses, Garçom não apenas teria suplantado essa diferença como colocado 4,56 pontos de vantagem sobre Nazif neste final de junho. Consideradas as circunstâncias, leitor, faz sentido. Convém lembrar que nem bem a poeira de outubro havia assentado e Garçom e seus prepostos já espalhavam aos quatro ventos que o deputado federal eleito disputaria a prefeitura da capital em 2008. Tanto que, em torno desse assunto, surgiram especulações de toda ordem, desde aquelas que davam como certa sua convocação imediata para a equipe do 2º mandato do governador Ivo Cassol (PPS) – de modo a permanecer mais próximo do eleitorado para fomentar o projeto em questão – até algumas segundo as quais o apoio do Palácio Presidente Vargas estaria sendo, desde já, negociado em direção diversa. Além disso, caso alguém tenha imaginado (como o autor destas mal traçadas) que o desempenho do mandato em Brasília afastaria Garçom do eleitorado -, deu com os burros n’água. Não bastasse se imiscuir diariamente nos lares da população por intermédio do rádio e da TV, Garçom não perde um final de semana em Porto Velho, cumprindo um cronograma de compromissos tão intenso que, vira e mexe, chega a dar a impressão de estar e mais de um lugar ao mesmo tempo. Enfim, quem se der ao trabalho de se debruçar sobre o assunto constatará que, em termos de visibilidade, na capital, Garçom hoje perde apenas para o governador Cassol e para o prefeito Sobrinho, nessa ordem. Para se ter uma idéia do quanto deve ser levado a sério, fazendo nova remissão ao pleito de outubro, informe-se que, se Nazif foi o deputado federal mais votado na sua base, com 18,18% dos votos válidos de Porto Velho, Garçom não deixou por menos em Candeias -, só que lá emplacou vultosos 52,50% dos votos válidos. E ainda hoje tem gente se perguntando como conseguiu colocar, na capital, 7 mil 602 votos em cima de Eduardo Valverde e 15 mil 447 sobre Miguel de Souza, ambos deputados federais da casa. 3 – CAMPEÃ ABSOLUTA A eventual queda de Nazif em relação a outubro pode ser explicada. Primeiro, parece ter submergido desde a eleição, tendo aparecido muito pouco na mídia até depois que começou a cumprir o mandato. Depois, por ter ficado na calçada sempre que tentou adentrar ao Palácio Tancredo Neves, tem-se que, nas antecipações e até no começo do processo, as tentativas malogradas tendem a manter o eleitor desconfiado em relação ao mesmo projeto. O que não significa condenação ao insucesso perpétuo para quem persevera. Vide Lula da Silva. E se a pontuação de intenções de voto de Sobrinho não chega a ser espetacular, a mesma pesquisa revela, em outro quesito, que 62,82% dos eleitores do pedaço acreditam que ele será reeleito, contra 15,49% que acham que nem que a vaca tussa e outros 14,69% que não estão nem aí. Números, aliás, compatíveis com a avaliação da gestão, porquanto 40,07% a consideram ótima (7,77%) e boa (32,30%), 39,96% regular e 19,97% ruim (11,25%) e péssima (8,72%). Neste quesito, porém, Sobrinho é ultrapassado por Cassol, que emplacou 47,95% de ótima (12,88%) e boa (35,07%) que, por sua vez, fica na poeira de Lula, com 65,40% de ótima (23,32%) e boa (42,08%). Acerca dos demais nomes pesquisados para prefeito, a grande surpresa fica com Adilson Siqueira, que em tendo disputado apenas uma eleição, cravou 1,79% das intenções, ou seja, mais do que os 1,46% obtidos por Kruger Darwich, nada menos que o vereador mais votado desta legislatura. Mas superado também por Fernando Prado (1,63%) e algo escoiceado por David Chiquilito (4,56%) e Zequinha Araújo (6,68%). A montoeira que está faltando para fechar os 100%, leitor, fica por conta do índice de indecisos, que não obstante os estímulos, ficou em 35,12%, que nem chega a ser tão elevado assim considerando o a profundidade de campo da antecipação. Sobre todos, no entanto, com 82,70% de ótimo (64,43%) e bom (18,27%), reina absoluta a Polícia Federal, que anda dispensando explicações para o desempenho. Na praça há quase duas décadas, as pesquisas da Laser já anteciparam, entre outros resultados importantes, a ascensão de Valdir Raupp em 1990 (que pretendia originalmente empinar uma candidatura de deputado, tendo se decidido pela de governador diante das sondagens preliminares do instituto, chegando ao 2º turno), sua vitória sobre Chiquilito Erse em 1994 (segundo a Laser divulgou na época, Chiquilito esteve na frente até cerca de 10 dias antes do pleito. Quando o instituto divulgou que Raupp estava na frente, só Raupp acreditou. Deu no que deu) e, passo a passo, a escalada de Sobrinho, dos 3% iniciais à vitória.
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