A denúncia contra o deputado Maurinho Rodrigues (PSDB) protocolada na Assembléia Legislativa de Rondônia na última quarta-feira (9), por um cidadão de nome Silmi Hudson Carvalho Pinto não foi redigida pelo mesmo.
Na manhã de sexta-feira (11), a reportagem do Rondoniaovivo procurou pelo denunciante na sua residência, na rua das Camélias, no bairro Jardim Eldorado. No local, uma senhora que se apresentou como sua sogra, disse que o mesmo viajou às pressas na quarta-feira ( dia de protocolo da denúncia), tomando rumo ignorado. A mulher desconhecia que Hudson teria feito alguma acusação a alguém e achou estranho o mesmo viajar, já que se encontrava “liso”.
Segundo a sogra de Hudson, o mesmo era vendedor de uma loja de confecções na avenida 7 de setembro de propriedade de Ruziney Queiroz Mendonça, coincidentemente um dos apontados por Hudson para ser intimado e comprovar a cobrança de 50% dos salários dos comissionados do gabinete.
Ney teria fechado a loja e Hudson estaria desempregado desde então, vivendo à custa da sogra.
Ainda segundo a mulher, o genro teria apenas o primeiro grau, vivendo de emprego em emprego. Hudson também já teria trabalhado com o deputado federal Amorim.
A denúncia apresentada na casa de leis apresenta termos técnicos jurídicos que seriam impossíveis para um leigo redigir. Nas citações nominais, o autor utiliza-se de letras maiúsculas, numa clara demonstração de práxis jurídica e redação.
Na leitura da denúncia percebe-se também conhecimento de informações que seriam internas da ALE/RO, fato este alheio a Hudson, que não é funcionário da casa.
Segundo a sogra, o cidadão de prenome Ney, esteve na casa de Hudson na terça feira, onde depois de conversarem rapidamente, saíram no mesmo carro.
Não se descarta a possibilidade de Hudson estar a serviço de terceiros, sendo usado como um “laranja”. No inquérito que vai apurar sua denúncia, na sua oitiva poderá se comprovar que o tal Hudson apenas assinou a carta denúncia.