ARTIGO - Pobre poder - Por Valdemir Caldas

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Foto: Divulgação

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A Assembléia Legislativa de Rondônia voltou a ser destaque na mídia nacional. Não pela qualidade intelectual e o elevado espírito público de seus membros, mas pela robustez do seu orçamento deste ano. São mais de cento e sessenta e cinco milhões de reais para manter vinte e quatro deputados. Quando se constata que o conjunto da sociedade não parece se comover, não parece sentir falta da atuação da ALE, tem-se um claro indicador de que aquela Casa não cumpre suas funções. E isso é extremamente preocupante. A existência de um Poder Legislativo atuante e presente na sociedade é, sem dúvida, essencial para a consolidação da democracia. A Casa que, no passado, já foi apelidada de a “gaiola de ouro”, pelo então governador Jerônimo Santana, hoje, aparece na propaganda oficial como o “Poder do Povo”. Só que do povo não tem absolutamente nada, exceto os recursos para ali carreados, resultantes da cobrança de impostos, taxas e contribuições, para pagar mordomias e polpudos subsídios. A população rondoniense, claro, recebeu com nojo mais essa notícia. E não é sem motivo. A exceção fica por conta dos bajuladores, serviçais e cabos eleitorais, que, desgraçadamente, já se acostumaram a compartilhar a mesma atmosfera com seus senhores, mandando às favas qualquer resquício de escrúpulos. Toda a sociedade sabe das denúncias (recentes ou não) que marcaram a trajetória da ALE. Todos sabem do escândalo das passagens áreas, das contratações irregulares de parentes de deputados, da folha de pagamento paralela, do desvio criminoso de milhões de reais para contas de deputados, sem que, até o momento, o erário tenha sido ressarcido, dentre outras bandalheiras. A maioria da população (e não é preciso nenhum instituto de pesquisa para atestar) não se considera representada por muitos com assento naquela Casa. Nem por isso, ela está alheia aos fatos que envolvem a ALE. Responsável pelos recursos que, fluidos dos cofres públicos para os bolsos de parlamentares, cada cidadão rondoniense sente quão logrado vem sendo. Sente, também, que é seu dever cobrar do atual presidente a implantação das propaladas medidas moralizadoras, que não saem do papel. Se o presidente Neodi Oliveira tivesse pisado firme no freio do dispêndio, como prometera, antes mesmo de ser alçado ao posto, hoje, certamente, não lhe faltariam à solidariedade e o apoio dos que não se conformam com esse derrame acintoso de dinheiro público. E a credibilidade do “Poder do Povo” estaria em alta no conceito da população.
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