CORRIDA DE JERICO 2012 - Prefeito Romeu Reolon não sofre atentado, caso de pistoleiros repercute

“Eu sinceramente não acredito que o sr. Romeu esteja sendo ameaçado. É muita coincidência que os três crimes, vereador Pipi, meu pai Cesar e o Moises tenham sido assassinados logo após denuncias contra a própria administração do município. É de conhecimen

CORRIDA DE JERICO 2012 - Prefeito Romeu Reolon não sofre atentado, caso de pistoleiros repercute

Foto: Divulgação

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Na semana passada, o prefeito Romeu Reolon (PMDB) procurou a delegacia de Policia Civil em Ariquemes para reportar uma suposta ameaça de morte
Neste domingo (29) foi realizada a corrida nacional de jericos 2012 em Alto Paraíso, interior de Rondônia. Entre “carros de corrida” montados para chafurdar no barro, quem parece ter se respingado dos pés a cabeça de lama foi o prefeito Romeu Reolon (PMDB), que fez um registro policial que poderia ser assassinado durante a prova.
Na semana passada, o prefeito Romeu Reolon (PMDB) procurou a delegacia de Policia Civil em Ariquemes para reportar uma suposta ameaça de morte. O prefeito disse que recebeu uma ligação anônima, onde uma mulher dizia que ouviu seu marido dizer que da “corrida do jerico, Romeu não passava”. Seu assassinato seria durante a corrida de Jericos no próximo domingo (29). A corrida aconteceu e o prefeito não morreu.
A  pequena cidade no interior de Rondônia está amedrontada com a existência de um suposto grupo de extermínio, que já matou empresários e político em execuções sumárias, com requintes de crimes encomendados.
A quadrilha de assassinos que age em Alto Paraíso é investigada pelo Ministério Público através da promotoria de Ariquemes. O modus operandi dos pistoleiros é sempre o mesmo. Chegam de moto, capacete na cabeça e executam a vitima com vários disparos de arma de fogo.
 Desta forma morreram o empresário Guerino Cesar de Góes, conhecido como  César da Farmácia, o empresário Moises Itajubá e o vereador Jeferson Gomes David, conhecido como Pipi. Um único ponto liga as três mortes. Supostas desavenças políticas.
CASO VEREADOR PIPI
O primeiro a morrer, vitima de pistoleiros foi o vereador Jeferson Gomes David que numa sexta-feira (13) em novembro de 2009 se encontrava na companhia de amigos na lanchonete e pizzaria Gold, no município de Alto Paraíso, quando uma moto se aproximou com dois elementos que efetuaram vários disparos ceifando a sua vida.
O primeiro a morrer, vitima de pistoleiros foi o vereador Jeferson Gomes David que numa sexta-feira (13) em novembro de 2009
Vereador muito atuante na defesa da comunidade fazia discursos inflamados na Câmara Municipal de Alto Paraíso.
O presidente do seu partido, Herbert Lins, lembrou na época “ a discussão que o vereador Silvinho do Jerico teve com o nosso vereador Pipi em plenário, que logo depois foi assassinado brutalmente com a mesma característica do crime do que vitimou Cézar. Ambos assassinatos praticados brutalmente tentam passar à opinião pública que os motivos dos mesmos poderiam ser atribuídos aos seus pares após discussão ou desentendimentos”, desabafou Herbert Lins.
CASO CÉSAR DA FARMACIA
O Rondoniaovivo publicou reportagem sobre o caso no último dia 25 ( leia aqui). Logo após a publicação, através do facebook, a filha do empresário César, num ato de extrema coragem postou comentários sobre o assassinato do seu pai.
Na noite de uma quinta-feira em março 2011 foi assassinado o empresário Guerino Cesar de Góes, mais conhecido como César da Famácia, quando chegava a sua casa por volta as 19:30h. O empresário foi assassinado com quatro tiros a queima roupa e na presença das duas filhas adolescentes, uma de 13 e outra de 15 anos de idade.
A vítima, ao chegar à porta de sua casa, foi abordada por dois elementos que dispararam quatro tiros a queima roupa, sem que César pudesse expressar nenhuma reação de defesa.
Segundo Luma Goés – “Meu pai foi assassinado em 17/03/2011 e ate hoje não tivemos nenhuma solução para este crime, e nenhum dos outros dois (vereador Pipi e Moises Itajubá)”.
Na noite de uma quinta-feira em março 2011 foi assassinado o empresário Guerino Cesar de Góes, mais conhecido como César da Famácia, quando chegava a sua casa por volta as 19:30h
Luma esclarece que seu pai também registrou boletim de ocorrência pelas ameaças recebidas. “Suas ameaças diziam que ele não escaparia da corrida do jericos de 2011, nem por isso ele recebeu proteção da PC. Não dá para acreditar mais em ninguém.. todos são corruptos” afirma a jovem.
E finaliza suspeitando da administração municipal de Alto Paraíso. “Eu sinceramente não acredito que o sr. Romeu esteja sendo ameaçado. É muita coincidência que os três crimes, vereador Pipi, meu pai Cesar e o Moises tenham sido assassinados logo após denuncias contra a própria administração do município. É de conhecimento do município que existe uma lista com o nome de dez pessoas marcadas para morrer, sendo que três ja foram. O nome dele não esta nessa lista. Isso é só maquiagem. Os outros crimes sempre vieram depois de um escândalo, assim como esse que está por se formar”.
Para o presidente regional do PHS, Herbert Lins, as características do crimes são parecidas com o assassinato do Vereador Pipi, “pois o nosso amigo Cézar, que era presidente municipal do PMN, vinha fazendo o mesmo trabalho do vereador Pipi, ou seja, oposição responsável, apresentando à população denúncias consistente aos desmandos administrativos praticado dentro da prefeitura”, lembrou o líder partidário.
CASO MOISES ITAJUBA
Outro parente de vitima de homicídio em Alto Paraíso, o jornalista Tadeu Itajubá, irmão do empresário Moisés, dono de funerária na cidade também acusa “políticos” da cidade .
Moisés Itajubá, uma semana antes de ser assassinado, esteve no Ministério Público de Ariquemes denunciando irregularidades em um processo licitatório para a aquisição de urnas funerárias.
Moises foi alertado pelo irmão, que previa a ação do grupo de extermínio e pediu que o mesmo se mudasse da cidade. Não deu tempo, enquanto Moises carregava o caminhão de mudança foi assassinado.
Moises foi alertado pelo irmão, que previa a ação do grupo de extermínio e pediu que o mesmo se mudasse da cidade. Não deu tempo, enquanto Moises carregava o caminhão de mudança foi assassinado.

PREFEITO ROMEU

Em entrevista recente sobre estas supostas coincidências dos executados, o prefeito Romeu Reolon disse que a Polícia está investigando para comprovar se os vereadores tinham algum problema. Afirmou, ainda, que “a Justiça trabalha com papel” e que não existe nada contra ele em nenhum dos três casos.

Com a ida do prefeito a uma delegacia de polícia comunicar uma suposta ameaça de morte contra sua pessoa, o que se pode concluir é que realmente um grupo de pistoleiros está agindo por motivações políticas na cidade do “jerico”.

Em 2006, Romeu Reolon foi acusado pela Polícia Federal de fazer parte de uma suposta quadrilha que roubava recursos da Assembléia Legislativa de Rondônia, a conhecida operação Dominó. No relatório de mais de 600 páginas, fruto da investigação policial, o nome de Romeu é citado diversas vezes.

Confira abaixo, com exclusividade o que a Polícia Federal “levantou” sobre a conduta do então deputado. Leia também uma interceptação telefônica, onde Romeu conversa com o diretor da Assembléia Legislativa, Ronaldo Palitot sobre cheques que seriam supostamente para pagar a votação de lei vencimental do MP.
Romeu Reolon é do mesmo partido do Governador e é visto com frequência no Palácio do Governo. Reolon disse que a Polícia está investigando para comprovar se os vereadores tinham algum problema. Afirmou, ainda, que “a Justiça trabalha com papel” e que não existe nada contra ele em nenhum dos três casos.
Trechos do relatório da Polícia Federal, da “Operação Dominó” (2006), envolvendo o ex-deputado e atual prefeito de Alto Paraíso, Romeu Reolon
 “O mesmo procedimento também permitiu que obtivéssemos fortes indícios da prática do crime de corrupção passiva pelos Deputados Estaduais na votação da Lei Vencimental do Ministério Público do Estado de Rondônia, em 19/01/2006. Naquela oportunidade, os diálogos captados, de uma forma ou de outra, envolvem os Deputados Estaduais ROMEU REOLON, Edison Gazoni, Edézio Marteli, Maurão de Carvalho, Marcos Donadon, Leudo Buriti, João da Muleta e Daniel Neri que receberam pagamento indevido do Deputado CARLÃO DE OLIVEIRA para aprovar o Projeto de Lei Vencimental do Ministério Público.”
 ÁUDIO VINCULADO: 6981111625 - 19/01/2006 - 11:19:24
 Deputados esperam PALITOT provavelmente para receber cheques que CARLÃO está assinando por terem aprovado o projeto do MP.
 DIÁLOGO
 R: Alô! PALITOT!
 P: É.
 R: É ROMEU.
 P: Diga, mestre!
 R: Nós tamos aqui, eu e o GAZONI, na tua sala aqui. Você volta ainda hoje?
 P: Chego já.
 R: Tá vindo prá ca?
 P: Vou.
 R: Então beleza. Ó, o GAZONI tá brabo aqui ó.
 P: Diga a ele que eu vou entregar ele. Diga a ele que eu vou entregar, viu?
 R: Falou. Tô aguardando aqui então. Falou.
 P: Tchau!
 
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