O delegado Jarlen Alexandre, da 3a Unidade de Segurança Pública (Estação Experimental), interrogou na manhã de ontem o desempregado Aleksandro Souza da Conceição, o “Pato” (23), ao qual indiciou por prática de crime previsto no artigo 121 do Código Penal Brasileiro.
Durante o depoimento que durou mais de uma hora, o rapaz, que foi preso na tarde de segunda-feira pelos investigadores Edy e Castelo, do setor de crimes contra a vida, confessou ter sido o autor de um assassinato ocorrido na noite de domingo no bairro Nova Estação, que teve como vítima o garçom Ednilson Alves Rodrigues (27), morto à facada.
Demonstrando arrependimento, “Pato” confessou à autoridade que droga foi a causa de tudo. No início da tarde de domingo ele foi até o apartamento onde Ednilson morava, localizado à rua São Sebastião, 627, bairro Nova Estação, onde trocou um boné de marca por um papelote de pasta-base de cocaína.
Mais tarde voltou à procura de Ednilson e pediu que este lhe devolvesse o boné, já que precisava ir até à casa de amigos, afirmando que mais tarde quitaria a dívida. Além de não aceitar, a vítima o teria ofendido com palavrões, gerando uma discussão.
Ato contínuo, “Pato” foi até sua casa, situada à rua Palmares, onde pegou uma faca e voltou para acertar as contas com o traficante. Ao afirmar que iria quitar o débito, fez com que Ednilson abrisse a porta do seu apartamento, quando o atingiu com uma facada no peito e fugiu. O rapaz morreu minutos depois.
“Pato” deu azar de ser reconhecido pela viúva Maria Zaira Gomes Rodrigues, que apesar de tê-lo visto no escuro o identificou mais tarde quando de sua prisão. Diante da situação, não teve outra alternativa senão confessar o crime e tentar obter algum benefício quando do seu julgamento.