Roraima - PM prende defensor público por desobediência

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Foto: Divulgação

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O defensor público Mauro Silva Castro, 42 anos, denunciou no 4º Distrito Policial que foi abordado de forma abusiva por policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar, que o detiveram por crime de desobediência. Segundo contou o defensor no Termo Circunstanciado de Ocorrência (TC) feito na delegacia, ele foi atender a um cliente que estava sendo detido, quando ocorreu o fato. Após a lavratura do TC, ele foi liberado. “Eu estava na casa do meu pai quando recebi um telefonema informando que um dos meus assistidos estava sendo conduzido para a delegacia de polícia. Quando cheguei ao local, a esposa do rapaz, muito nervosa, me pediu que levasse o carro para ela, pois não conseguia dirigir naquelas condições. Eu fui conduzindo o veículo e um dos policiais inclusive veio no carro conosco”, lembrou o defensor. Mauro Castro contou que em certo trecho do trajeto pegou seu aparelho celular quando foi informado pelo PM que não poderia efetuar ligações. “Eu não liguei nem recebi ligações, podem fazer perícia no meu aparelho. Mesmo assim, quando vi, a viatura que nós acompanhávamos fechou a frente do veículo onde eu estava e um dos policiais desceu gritando e colocou a arma na minha cabeça, mandando que eu descesse do carro, pois estava preso por atrapalhar as investigações”, contou. Segundo o defensor, o policial militar informou naquele momento que o veículo estava apreendido. “Eu não sabia que o carro estava apreendido, inclusive eu estava conduzindo até o DP e não desobedeci a nenhuma ordem dele. Eu sofri abuso de autoridade no exercício de minha profissão, pois apontaram a arma para minha cabeça, quando eu sou um trabalhador e não um bandido”, declarou. O defensor informou que solicitou ajuda da Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e da Associação de Defensores, cujos representantes foram até o distrito. “Você se sente abismado com o modo como é tratado por essa polícia considerada cidadã. Nós somos trabalhadores, pessoas públicas, com idoneidade, e nos tratam assim como bandidos”, desabafou. POLÍCIA MILITAR - No ROP 44536, feito pela Polícia Militar, os policiais acusam o defensor de tentar interferir no decorrer da ocorrência, se utilizando de sua função de defensor. Os policiais negam a agressão e dizem que não houve irregularidade no trajeto até a delegacia. O comandante da Polícia Militar, coronel Márcio Santiago, disse ontem à Folha que ainda não tinha conhecimento do caso, pois estava em serviço no interior do Estado, mas afirmou que toda denúncia feita ao Comando da PM é investigada. “Nós investigamos todas as denúncias, mas precisamos que ele (Mauro Castro) vá até o Comando da Polícia Militar e diga de que maneira se sentiu ofendido, comunique o fato, para que se instaure o procedimento regular. Temos um relacionamento com a Defensoria Pública muito cordial e se ocorreu esse fato temos interesse em averiguar e chegar à verdade”, explicou o comandante.
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