O ex-policial militar José Walter Castro da Silva foi preso sábado por agentes do 4º Distrito Policial, após tentar extorquir R$ 3 mil de um casal de empresários que mora no bairro Santa Luzia. Segundo informações do delegado Renê de Almeida, a vítima foi ao distrito solicitar a ajuda da polícia que imediatamente se deslocou ao local e conseguiu prender o acusado em flagrante.
“Assim que soubemos que ele estava ameaçando esta família, organizamos o flagrante e deixamos a vítima entregar o dinheiro a ele para poder efetuar a prisão. Ele é ex-policial, mas ainda tem a identidade funcional de militar. Então vamos averiguar todas as denúncias feitas e a versão que ele contou do caso”, explicou Almeida.
O ex-militar contou em depoimento que foi contratado por um sargento da Polícia Militar por R$ 6 mil para matar o empresário, mas ficou com pena pela vítima ter uma filha portadora de deficiência. Segundo o acusado, como já havia recebido adiantado pagamento da metade do serviço, tentou fazer com que a vítima pagasse o dinheiro para não ficar em débito com o policial que o teria contratado.
O crime teria sido encomendado por conta de um prejuízo que o sargento teve em um negócio feito pelo empresário, o que realmente foi confirmado pela polícia. “Nós obtivemos da vítima a confirmação de que houve essa transação comercial entre ele e o sargento, mas ele disse desconhecer se houve qualquer tipo de prejuízo para o militar, então essa informação ainda será averiguada para ser confirmada a real existência dessa pessoa que o flagranteado está acusando”, explicou o delegado Renê.
O acusado foi encaminhado à Penitenciária Agrícola de Monte Cristo. Ele já responde a processo criminal por tentativa de homicídio cometida oito anos atrás. “Eu estava de serviço e troquei tiros com uma pessoa, que também estava armada”, explicou em entrevista à imprensa.
A Polícia Civil não divulgou o nome do sargento acusado de ter contratado o crime, para não atrapalhar as investigações. O acusado será encaminhado para uma ala especial da Penitenciária para não ficar com outros presos, pois corre risco de morte.
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