Duas pessoas ficaram feridas, ontem pela manhã, no acidente com um avião monomotor Cessna Centurion 210, prefixo PT-OUY, com capacidade para seis pessoas, no aeroporto de Borba. Na aeronave estavam o escrivão da Polícia Federal (PF) Carlos Alberto Coelho de Andrade, 41, que teve mais de 50% do corpo queimado, e o co-piloto Eron Denis Leite Azulay, 29.
*De acordo com o delegado de Repressão ao Crime Organizado da PF, Sérgio Fontes, Carlos Alberto e Eron saíram de Manaus na manhã de ontem, rumo a Borba, onde pretendiam fazer um treinamento chamado ‘toque arremetido’. Esse tipo de treinamento é feito regularmente na PF e que Borba foi o local escolhido por não ter tráfego aéreo intenso. O monomotor, segundo ele, era utilizado pela PF em treinamentos.
*A assessoria de imprensa da PF explicou que a provável causa do acidente foi uma pane nos ‘flaps’, dispositivos localizados nas asas que servem para dar estabilidade às aeronaves em baixa velocidade.
*O delegado do 70º Distrito Policial, em Borba, sargento Jânio Stone de Souza, disse que a aeronave caiu por volta de 11h, instantes depois de uma manobra de decolagem. Segundo ele, o monomotor caiu dentro da área do aeroporto, a cerca de dez metros de um igarapé, e explodiu, queimando os dois tripulantes.
*O primeiro atendimento foi feito no hospital de Borba. Às 12h, Carlos Alberto e Eron foram trazidos para Manaus em um vôo fretado pela Policia Federal.
*Segundo a assessoria da Policia Federal, Carlos Alberto e Eron, que pilotavam a aeronave, perceberam, quando estavam voando, que alguma função do monomotor tinha entrado em pane, e tentaram pousar. Sérgio Fontes explicou ainda que, no momento em que a aeronave caiu, ela já estava próxima do chão, o que minimizou os danos aos dois.
*O superintendente da PF, Kércio Pinto, informou que as investigações sobre a causa do acidente devem ficar sob responsabilidade do Departamento de Aviação Civil (DAC). A Policia Federal não vai abrir inquérito para investigar a queda do monomotor, por não ter conhecimento técnico para isso.