*Foi divulgado agora pela manhã o Laudo de Exame Pericial nº 02020/SAT/2.006/DPTC/PC/SESDEC-RO pelo Instituto de Criminalística do Departamento de Polícia Técnica e Científica. O laudo foi assinado por dois peritos criminais, o Engenheiro de Minas Fernando Otílio Ciraulo Santos, o Engenheiro Civil Sebastião Alcídio da Silva Tenani e o Engenheiro Mecânico Pedro Carvalho. O trio "Mimosa” - um caminhão modelo CARGO 1114, da Ford, de placas GND 8866/Uberlândia-MG - estava com sua estrutura debilitada e cheia de irregularidades mecânicas e técnicas.
*De acordo com a conclusão da perícia foi constatado que “(...) A estrutura denominada “trio-elétrico” se encontra sem condições de utilização para o fim que se destina, estando a mesma com sua estrutura metálica seriamente comprometida pela oxidação, tendo ainda sido observado precariedade nas suas instalações elétricas e sanitárias”.
*Os peritos concluíram também no laudo que o “trio” não tinha condições de tráfego. “(...) apresentando ineficiência no sistema de freios e acentuado desgastes nos seus pneumáticos.”
*O laudo apontou que a estrutura do “trio-elétrico” estava com excesso de medida na largura e comprimento em relação ao chassi do “veículo transportador”, onde os peritos concluem que a mesma havia sito adaptada de forma inadequada, “(...) uma vez que foi verificado sub dimensionamento da fixação das estruturas (...), permitindo mobilidade da longarina em relação ao chassi, proporcionando instabilidade ao conjunto”.
*Por fim o laudo conclui que “O evento em estudo ocorreu em função da instabilidade do conjunto em conseqüência da sua inadequada adaptação e da carga móvel transportada”.
*Juntamente com o laudo a Criminalística anexou peças metálicas e pedaços de madeira que foram encontrados no local do acidente e que foram recolhidos para os exames periciais.
*O laudo de exame pericial foi pedido pelo Ministério Público do Estado e já foi encaminhado para os promotores que estão investigando o caso, Héverton Alves de Aguiar, Ivanildo de Oliveira e Julian Imthon Farago.
*IRRESPONSABILIDADE
*O laudo foi assinado também pelo diretor da Polícia Técnica e Científica de RO, o engenheiro José Ricardo Corcino Pinto, que apontou falhas alarmantes no veículo, como peças em avançado estado de corrosão, emendas de solda mal feitas e na própria estrutura mecânica do veículo, que apresentava uma série de irregularidades.
*José Ricardo disse, segundo constatação no laudo pericial, que os organizadores do Trio foram irresponsáveis, que deveriam conferir a segurança da estrutura do veículo. Ele declarou que uma série de fatores ocasionou o acidente, mas a partir do erro da falta de segurança da estrutura, que foi mal feita, e realizada sem um planejamento técnico adequado o pior aconteceu.
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