Alunos da rede estadual de ensino têm enfrentado dificuldades para ir à escola em Calama, distrito de Porto Velho (RO). Em um vídeo publicado pela jornalista Luciana Oliveira, pais e crianças caminham nas águas da alagação do rio Madeira, que está perto de uma cota de enchente.
Os moradores dos bairros São Francisco e Tancredo Neves relatam que a região está completamente alagada e pedem pela paralisação das aulas, para evitar casualidades. No distrito, a água já começou a invadir casas e a atingir relógios de energia elétrica. De acordo com o IBGE, Calama tem cerca de 3 mil habitantes.
A Defesa Civil estima que ao menos 10 mil ribeirinhos foram atingidos pela cheia - que, apesar de costumeira, tem se intensificado com o aumento significativo de chuvas na região do Sul da Amazônia e na Bolívia, onde nascem os rios que formam o Madeira.
O rio está estável, mas o cenário pode se agravar caso a previsão de chuvas na Bolívia e em Rondônia se confirmem. Não há, até o momento, estimativa para que o Madeira atinja níveis como os da cheia de 2014. Segundo o Serviço Geológico Brasileiro (SGB), o rio registrou na segunda-feira (7) o nível de 16,71 metros.
Além de Calama, Ressaca, Maravilha 1 e 2, Vila Nova também enfrentam os efeitos do colapso climático. A Defesa Civil recomenda que os moradores das regiões tomadas pelas águas evitem caminhar por áreas alagadas. A preocupação maior é a possibilidade de ataque de animais peçonhentos e de jacarés que, com o aumento das águas, costumam se aproximar das casas das comunidades.
Outra recomendação é que seja evitado o consumo direto da água do rio. Existe risco de contaminação e a indicação é de consumo de água mineral. Em caso de emergência, a Defesa Civil pode ser acionada pelo número (69) 98473-2112.
* Com conteúdo de Luciana Oliveira.