Ainda pouco falada, a Oyxabaten é conhecida como a moeda mundial indígena transcultural
Foto: Divulgação
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O estado de Rondônia não está próximo dos maiores centros de tecnologia do país, como São Paulo e Minas Gerais. Entretanto, isso não significa que a economia local está perdendo o impacto positivo do crescimento do mercado digital. No ano passado, por exemplo, uma moeda 100% digital foi criada por iniciativa de indígenas rondonienses. Além disso, a venda de conteúdos digitais, como memes e obras de arte, também estão ganhando espaço pela região Norte e Nordeste do Brasil.
Ainda pouco falada, a Oyxabaten é conhecida como a moeda mundial indígena transcultural. Ela foi lançada em novembro de 2020, em uma iniciativa que reuniu tribos do Mato Grosso e de Rondônia, como explica o site oficial do projeto. A ideia é que os recursos gerados por essa criptomoeda sejam destinados para programas que existem nas duas regiões. É uma forma de trazer a tecnologia das moedas digitais para o setor econômico dos estados que criaram o projeto.
Essa é a maior prova de que, mesmo longe das regiões que recebem mais investimento, a população de Rondônia também está tomando iniciativas voltadas para a inovação tecnológica. Apesar desse lançamento oficial ter acontecido no ano passado, a moeda ainda está passando pela fase de estruturação e só deve chegar ao mercado no final de 2021, ou até mesmo no próximo ano. De qualquer forma, é uma iniciativa que destaca a integração feita pelos indígenas rondonienses.
Além de criptomoedas, outros produtos digitais também estão ganhando espaço na economia da região, principalmente se olharmos para o Norte e para o Nordeste. A venda de non-fungible token, também conhecidas como NFTs, chegou na região com as obras de artes digitais e também com os memes. Como explica o artigo publicado pelo site de roleta online Betway, o NFT é um item virtual que pode ser comprado de forma online por qualquer pessoa . É um produto que não pode ser destruído ou danificado, justamente por ser 100% digital.
As obras de artes surgem como um dos produtos mais interessantes para serem comercializados neste formato NFT. Neste ano, por exemplo, o artista baiano Bel Borba conseguiu arrecadar mais de R$ 10 milhões durante um leilão digital de uma obra. É uma tendência forte no exterior, e que começou a ganhar espaço no Nordeste. Essa foi a primeira vez que uma comercialização neste estilo aconteceu no Brasil.
Entretanto, se olharmos para o resto do mundo, são os memes que fazem mais sucesso nessas transações digitais. Esses conteúdos de humor em formato de imagem, vídeo e gif são vendidos ao redor do mundo por quantias significativas. A Betway divulgou algumas das transferências mais caras que aconteceram recentemente. O meme Nyan Cat, por exemplo, foi vendido por US$ 500 mil. Bad Luck Brian também conseguiu um valor próximo deste, com a venda atingindo US$ 411 mil. Ou seja, são produtos valorizados e que fazem circular uma boa quantia de dinheiro.
O Brasil é conhecido pelo humor que possui na internet, e também pela criação de vários memes. Até mesmo países estrangeiros, como Portugal, já reconheceram a nossa capacidade de criação desses conteúdos, como mostra a reportagem do portal R7. Isso significa que o país é uma grande potência em produzir conteúdos a serem vendidos. Afinal, como vimos anteriormente, os memes estão em alta no mercado.
Rondônia pode ser uma referência positiva, pois a criação da moeda digital Oyxabaten é apenas um exemplo da capacidade da população local. As novas tecnologias não estão concentradas apenas nos grandes centros econômicos, mesmo que o investimento seja maior por lá. Os rondonienses contam com a diversidade e a criatividade para ganhar espaço no mundo digital. Isso acontece com moedas digitais, NFTs ou até mesmo os valorizados memes da internet.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!