CARRETA DE SOJA: Grupo Cassol é punido e MPF deve acionar empresas que estão acabando com a BR-364

De acordo com o próprio MPF o excesso de peso pode encurtar a vida útil do asfalto em até 80%

CARRETA DE SOJA: Grupo Cassol é punido e MPF deve acionar empresas que estão acabando com a BR-364

Foto: Divulgação

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A condição precária e de extremo perigo que a pista da BR-364 oferece aos motoristas que trafegam no trecho compreendido dentro do estado de Rondônia já é uma triste constatação a todos. 
 
São inúmeros os acidentes registrados por falta de sinalização, buracos e condições mínimas de trafegabilidade nesse ponto. Grande parte do desgaste do asfalto se dá pelo intenso e pesado fluxo de gigantescos caminhões carregados de grãos.
 
Com uma fiscalização frouxa, a grande maioria dos veículos acabam circulando acima do peso permitido. Por conta da pandemia, o DNIT suspendeu as pesagens nos postos espalhados pelas rodovias do país. 
 
Grupo Cassol 
 
Nessa semana, o Ministério Público Federal – MPF, anunciou um Termo de Ajuste de Conduta – TAC onde a empresa Centrais Elétricas César Filho, pertencente ao grupo Cassol, se comprometeu a destinar R$ 135 mil em equipamentos ao Departamento da Polícia Rodoviária Federal – PRF em Rondônia.
 
O dinheiro seria repassado como forma de compensação por caminhões do Grupo Cassol terem trafegado acima do peso permitido pela BR-364 nas proximidades do município de Vilhena. 
 
Os caminhões teriam causado danos à pista, motivo pelo qual a empresa aceitou pagar a compensação e se comprometeu em assumir todas as medidas requeridas na legislação de trânsito relacionada ao limite de peso na rodovia, isso além de identificar o peso de suas cargas diretamente na nota de saída do produto. 
 
São muitos
 
Ações como essa por parte do MPF não devem se limitar apenas ao Grupo Cassol, uma vez que existem dezenas de conglomerados empresariais que utilizam a BR-364 dentro de Rondônia da forma como bem entendem, onde existem casos de caminhões com 20 toneladas acima do peso permitido. 
 
De acordo com o próprio MPF o excesso de peso pode encurtar a vida útil do asfalto em até 80%.
 
Ficando apenas no Grupo Cassol o MPF poderá dar uma demonstração de injustiça, já que existem frotas com centenas de caminhões de empresas de grãos que vem destruindo o asfalto dessa rodovia 24 horas por dias há vários anos. 
 
De acordo com o TAC, o prazo para o pagamento é de 40 dias.
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