Técnicos de vários municípios participam do seminário
Foto: Divulgação
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Mais de 70% dos presidiários mantidos hoje sob a custódia do governo de Rondônia cumprem pena por ligações com o mundo das drogas. Quer seja por roubo praticado para pagar pelo produto, por cobranças de dívidas que resultaram em assassinato ou ainda por pequenos traficantes – os chamados boqueiros – que são usados pelos grandes traficantes para a expansão de um comércio que suga a dignidade humana e causa reflexos em vários setores do Estado, como o inchado sistema carcerário – que abriga mais de oito mil presos -, na saúde, com impactos diretos no Sistema Único de Saúde (SUS).
A afirmação foi nesta terça-feira (27) durante a abertura do Workshop Terapia Comunitária Integrativa, realizada pelo governo de Rondônia, através da Superintendência de Estado de Políticas Sobre Drogas, em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde (SESAU), dentro da Semana de Enfrentamento ao Uso Indevido de Álcool e outras Drogas, pelo secretário chefe da Casa Civil, Emerson Castro.
Durante seu discurso, Emerson Castro defendeu a ampliação das operações de Lei Seca, como de combate efetivo do uso de forma exacerbada de álcool, um dos fatores que superlotam o setor de emergência do hospital João Paulo II – referência no atendimento alta complexidade em Rondônia.
Outra medida amarga, mas importante para conter o avanço da dependência química é a criação, em parceria com prefeituras, de Lei estadual que regulamente e limite o funcionamento de bares. Pela proposta, os estabelecimentos devem fechar, no máximo, a uma hora da madrugada. Emerson explica que o álcool, apesar de se uma droga lícita, que você compra em qualquer parte da cidade, é a porta de entrada para drogas pesadas como cocaína, heroína e crack.
Emerson defendeu, também, um posicionamento do governo federal, através de Polícia Federal (PF), no combate à entrada de drogas pelas fronteiras de Rondônia. O secretário disse que a omissão do governo federal nesta questão causa um grande prejuízo ao Estado que fica com todos os problemas, principalmente na área de segurança e saúde.
O secretário estadual de Saúde, Williames Pimentel, destacou o empenho do governo ao investir no combate no avanço do consumo de álcool e outras drogas, criando um órgão específico para tratar sobre as políticas públicas voltadas para um problema grave que avança em todas as cidades do Brasil.
De acordo com Pimentel, o combate é amplo e passa por esferas distintas que se convergem, positivamente, para o controle de uma doença que faz vítimas a todo momento. Para ele, quando o governo inaugura um teatro, quando entrega uma escolas, um ginásio de esporte, está, diretamente – embora que não pareça a princípio -, investindo no distanciamento de jovens e adolescentes do mundo da dependência química.
Ele falou ainda sobre a importância do enfrentamento e união entre Saúde e Educação para a formação de um “grande exército” no combate e enfrentamento à dependência química, uma doença dolorosa, que machuca a família inteira.”Só quem tem uma parente dependente químico sabe a luta que é enfrentar o problema. O Estado é parceiro nesta luta”, disse o secretário.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!