As águas de fevereiro, março e abril e a incompetência do poder público – Por Valdemir Caldas

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Foto: Divulgação

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Ano passado, a cheia do rio Madeira escorraçou milhares de pessoas de suas casas. A maioria delas perdeu tudo, até a dignidade. Desde o mês de março, famílias de agricultores do assentamento João D’arc estão vivendo debaixo de barracas improvisadas no pátio do INCRA. O drama dessa gente parece que não trouxe nenhum ensinamento às autoridades públicas. Especialistas e estudiosos ambientais projetam para os próximos dois meses um cenário desalentador, com a repetição de ocorrências semelhantes às que marcaram 2014, ou até mesmo mais graves.

 

E o que fez de lá para cá o poder público municipal em termos de ações preventivas? Nada! Aliás, a única coisa que o prefeito Mauro Nazif fez foi desvincular a Coordenadoria de Defesa Civil (COMDEC) de seu gabinete, agregá-la à Secretaria Municipal de Programas Especiais (SEMEPE), criada no governo Sobrinho para cuidar das obras dos viadutos, e, depois, batizá-la com estrambótico nome de Secretaria Municipal de Programas Especiais e Defesa Civil (SEMPEDEC).

 

Enquanto isso, os problemas se vão acumulando, ganhando dimensões de tragédia, como uma bomba que pode explodir sem hora marcada. O desastre do ano passado deveria, pelo menos, servir como um alerta extremamente sério aos governos estadual e municipal, para que encarassem a situação com a urgência e a responsabilidade que ela exige.

Inaceitável é que um assunto extremamente grave continue sendo tratado dentro de padrões tão primários. Essa postura só se justifica pelo descaso e pela incompetência de uma administração que insiste em ignorar a realidade dos fatos e atribuir à natureza a responsabilidade pelos danos causados às famílias e as horas de agonia que elas passaram - e ainda estão passando. O responsável maior por tudo isso é o poder público e seus dirigentes, pois deveriam saber que há uma exigência cada vez mais forte para se criar mecanismos que possam ser acionados, com celeridade e eficácia, nas emergências provocadas tanto pela natureza quanto por erros ou acidentes humanos. O pior é que ninguém tem humildade para reconhecer seus pecados, enquanto quem nada tem que ver com o problema acaba pagando com a própria vida pelo desleixo e pela desídia de uma casta de incompetentes.

 

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