CHEIA - Liberado transporte de grãos no porto da Capital

Instalado em 1986, o Porto Organizado de Porto Velho praticamente não teve investimentos de superestrutura desde sua inauguração e “poderia estar operando em melhores condições se tivesse estes investimentos”, de acordo com o gerente de Operações, Edemir

CHEIA - Liberado transporte de grãos no porto da Capital

Foto: Divulgação

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A Soph (Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia), responsável pela administração do Porto Organizado de Porto Velho, consultou dois engenheiros para verificar as condições de segurança de operação na plataforma móvel onde é feito o transbordo de agrogranéis (milho e soja). Eles recomendaram a adoção de medidas para reforçar a segurança e a operação deverá ser normalizada a partir desta sexta-feira (28). Na última terça-feira (25), o transporte de grãos foi paralisado para que fossem verificadas as condições técnicas da plataforma móvel, que foi construída há 26 anos.

O diretor presidente da Soph, José Ribamar da Cruz Oliveira, alegou o comportamento atípico do rio, que ontem atingiu a marca de 18,55 metros, aumentando a velocidade e a força das águas, sendo que o Madeira é considerado como um dos mais velozes do planeta.

O porto de Porto Velho também está operando o transbordo de combustível das bandeiras Petrobras (2.500 m³/dia), Shell (2.000 m³/dia), Equador e Ipiranga (ambos estão operando juntos um volume de 4.000 m³/dia). A Atem também solicitou espaço para operar 1.000 m³/dia e já está providenciando a instalação do encanamento utilizado para a passagem de combustível das balsas para o porto. “Nós estamos atendendo aos pleitos feitos pelos operadores de transporte de combustível do Madeira e mantendo a regularidade de transporte de cargas gerais”, assegura o diretor administrativo-financeiro da Soph, Leudo Buriti.

 

Instalado em 1986, o Porto Organizado de Porto Velho praticamente não teve investimentos de superestrutura desde sua inauguração e “poderia estar operando em melhores condições se tivesse estes investimentos”, de acordo com o gerente de Operações, Edemir Brasil.

 

Ações de segurança para o transporte de grãos

 

Os dois engenheiros chamados pela Soph para verificar as condições de segurança para o transbordo de grãos na platasforma móvel do Porto Organizado de Porto Velho – sendo que um deles, Paulo Costa de Albuquerque Filho, trabalhou na implantação do terminal, em 1996 – fizeram recomendações para reforçar a estrutura para o transbordo de grãos, que já começaram a ser providenciadas na última quarta-feira. A soja está em plena safra e 18 mil toneladas por dia passam pelo Porto. O produto é proveniente do norte do Mato Grosso e do sul de Rondônia. Se houvesse uma paralisação do transporte de grãos em Porto Velho, haveria um colapso econômico nas duas regiões, já que o País não oferece logística para operar esta carga em outros terminais. O porto de Paranaguá, apontado como alternativa, só opera grandes quantidades de carga com prévio agendamento.

 

Entre as medidas recomendadas pelos engenheiros, consta a remoção contínua das madeiras que ficam presas nas amarras da proa do cais flutuante e balsa auxiliar do apoio da ponte, operação que vem sendo realizada com regularidade, de acordo com o diretor administrativo financeiro da Soph, Leudo Buriti; nivelamento dos dois flutuantes com reomoção de água e eventual colocação de carga; reforço das amarras de montante com cabos de aço; reforço na estrutua de base dos molinetes; preparação de balsa auxiliar para submergir com lastro para limitar a elevação da ponte, com urgentes instalações de portas de vistia estanques, aparafusadas nas aberturas inferiores; restrição de trânsito de carretas sobre o flutuantes e exigência de coletes para todos os trabalhadores que acessem o cais flutuante, o que já vem ocorrendo.

 

Alternativas para atender necessidades urgentes

 

Apesar das dificuldades, a direção da Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia (Soph) está providenciando alternativas para atender às necessidades surgidas com a alagação dos portos privados que faziam o transbordo de combustível na região da estrada do Belmont e do terminal hidroviário do Cai N `Água, projetado para o transporte de passageiros e pequenas cargas.

 

Utilizando os equipamentos do porto e mão de obra paga pela Soph, foi feito o aterramento de uma área e estão sendo providenciadas outras adaptações. O número de operações aumentou 10 vezes. Antes da cheia recorde verificada atualmente, havia uma média de duas operações de balsas por dia, hoje este número subiu para 20, aumentando a movimentação de pessoas e veículos no terminal. O volume de cargas aumentou 500%, subindo de uma média de 3.200 toneladas de carga geral para 16 mil toneladas por dia.

 

A Soph aguarda há mais de 10 anos a liberação de R$ 23 mi para projetos de melhoria de infraestrutura. “Se estes recursos fossem liberados, poderíamos atender à demanda de cargas com três requisitos exigidos para o trabalho, que são regularidade, eficiência e segurança, mas mesmo sem estes recursos, estamos conseguindo atender às necessidades, para garantir o transporte de bens, alimentos e combustível neste período de cheia recorde”, diz Edemir Brasil, gerente de Operações.

 

 

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