Sipam alerta para cheia do Rio Madeira em Porto Velho
Foto: Divulgação
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A previsão é do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), elaborada a partir do Modelo de Previsão do Nível do Rio Madeira, análise de informações de sensores satelitais e dados da “Rede hidrométrica para registro dos níveis, vazão, chuvas e qualidade das águas dos rios”. “As cheias são consequência direta do escoamento das chuvas que também se apresentaram acima da média histórica na bacia do Rio Madre de Dios (Peru) e Mamoré (Bolívia)”, esclarece a coordenadora de Operações do Centro Regional do Sipam de Porto Velho, Ana Strava.
Segundo as previsões climáticas produzidas pelo Sipam o trimestre janeiro/fevereiro/março trará chuvas acima da média no Acre, norte de Rondônia e noroeste e norte de Mato Grosso, impactando diretamente a bacia do Rio Madeira e do Rio Acre. Strava ainda ratifica que o modelo de previsão de chuvas do CPC (Climate Prediction Center), da NASA, aponta que essas anomalias já vêm ocorrendo há seis meses e permanecerão acima da media de chuvas para a região dos rios bolivianos Beni e Mamoré até o fim de janeiro.
O Modelo de Previsão do Nível do Rio Madeira, desenvolvido em 2006 em parceria entre Sipam e Agência Nacional das Águas (ANA), indica a cota de inundação na cidade com 24 horas de antecedência e permite à Defesa Civil a localização precisa das residências que estão em risco de inundação eminente. A Rede Hidrométrica, da ANA, é operada na Amazônia pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), responsável entre outras, pela manutenção e leitura da régua que mede o nível do rio Madeira, no Estado de Rondônia.
Evolução da cheia do Rio Madeira em Porto Velho
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As cheias do Rio Madeira são esperadas pela população de Porto Velho no período de outubro a abril. O aumento dos níveis ocorre a partir da coleta da água da chuva pelos rios do sul do Peru e de quase toda a extensão da Bolívia. Suas águas barrentas (ricas em sedimentos) refletem o nascedouro nas cordilheiras dos Andes. Essas águas encontram as águas negras do Rio Guaporé, que nasce em Mato Grosso na altura de Guajará-Mirim. No total, tem-se quase um milhão de km2 de área de coleta da chuva.
Nesse período, considerado o inverno amazônico, as chuvas concentradas na região do rio Madre de Dios, peruano, e Mamoré, boliviano, provocam picos de cheias no distrito de Abunã e Porto Velho, bem acima da normalidade. Por três ocasiões, o nível do rio ultrapassou a máxima histórica registrada nos últimos 50 anos nos respectivos períodos (veja gráfico). A primeira ocasião foi dia 08 de outubro de 2013, quando o pico do Rio atingiu a cota de 11,47m quando o máximo histórico dos últimos 50 anos era de 9,23m. Em dezembro de 2013, o nível do rio surpreendeu novamente ultrapassando em mais de 1,5m a cota máxima histórica do período.
Desde o dia 06 de janeiro, o rio volta a apresentar níveis nunca antes observados dentre seus registros. Dia 17/01 a cota na régua de Porto Velho era de 15,06m e embora deva baixar nos próximos dias, uma nova elevação do nível está sendo esperada até o final do mês de janeiro.
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