A criação de um espaço para acolhimento de pessoas com problemas psicossociais dentro das comunidades carentes do estado, esta foi a proposta da reunião realizada na tarde da segunda-feira (17), no Palácio Presidente Vargas, na Capital e que contou com a participação do governador Confúcio Moura, a secretária de Promoção da Paz (Sepaz) Maria da Penha e o professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará Adalberto Barreto.
Denominado ‘Terapia Comunitária’, o programa foi implantado pelo doutor em psiquiatria e antropologia Adalberto Barreto há 26 anos na favela de Pirambu, periferia de Fortaleza que possui mais de 280 mil habitantes. O projeto atende mensalmente 1200 pessoas. Barreto defende a parceria entre o saber cientifico e a cultura popular no tratamento de transtornos mentais, e os resultados obtidos vêm sendo reconhecidos mundialmente.
“A iniciativa resultou em uma metodologia que valoriza as competências das pessoas e os recursos naturais locais, partindo do principio de que qualquer pessoa, independente do seu nível socioeconômico ou cultural, possui um saber constituído ao longo da vida, que pode ser compartilhado”, explica Barreto.
Abrigo
O espaço é um local de acolhimento do sofrimento e socialização das experiências. “Em Rondônia precisamos de espaços onde as mães e familiares de dependentes químicos possam levar sua dor e angustia. Foi quando surgiu a oportunidade de aliar este trabalho com um espaço para capacitação social”, lembrou a secretária Penha.
“Partimos de uma situação problemática, vivenciada hoje no estado como pessoas de classes baixas como insônia, depressão, drogas, conflitos familiares. Ao realizar o tratamento em grupo, membros da própria comunidade se identificam com os problemas em comum e compartilham experiências para a solução daquele problema”, completa Penha.