Com a proposta de reajuste salarial no índice 7,5% além dos 6,5% já concedidos em abril, mais o compromisso de finalizar o estudo do Plano de Carreiras, Cargos e Remunerações (PCCR) em 150 dias, o governador Confúcio Moura conseguiu por fim ao movimento grevista dos servidores da saúde, mobilização que durou 26 dias.
Em contrapartida, os servidores se comprometeram a fazer um mutirão pra tirar o atraso no atendimento. O retorno ao trabalho começa nesta quarta-feira (23), a partir do meio-dia. O governador fará um pronunciamento para anunciar o fim da greve e também a inauguração e reforma de cinco unidades de saúde, para o mês de junho.
A proposta do governo foi aceita durante rodada de negociação que aconteceu na tarde de terça-feira (22) no Tribunal de Justiça (TJ), entre o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde e representantes do governo do Estado. Contribuiu para o fim da paralisação, o canal de diálogo que o governador Confúcio Moura manteve aberto ao longo do período de paralisação, por meio do chefe da Casa-Civil, Juscelino Amaral, o secretário Estadual de Saúde (Sesau) Gilvan Ramos, o secretário Estadual de Administração (Sead) Rui Vieira e a procuradora-geral da (PGE) Rejane Sampaio.
Ficou acertado que o reajuste de 7,5%, será dividido em três parcelas, 2,5% em agosto; 2,5% em outubro e 2,5% em março de 2013. Somado aos 6,5%, representa um percentual de 14% de aumento aos servidores da saúde.
Durante a reunião, a Juiza, Duília Sgrott Reis, que presidiu a negociação, pediu aos sindicalistas da saúde que tenham bom senso ao deflagrar manifestações com esse teor, pois segundo ela “o maior prejudicado é a população que precisa dos serviços”.
Quem também pediu cautela aos sindicatos foi o promotor, Hildo Chaves, que coordena a comissão da saúde pública. “Todos temos o direito de nos manifestar, mas às vezes o meu direito infringe o do outro. Na saúde isso é um risco, são vidas em jogo”, declarou.