Mato Grosso firma acordo com Acre e RO para traçar uma rota turística com o Peru
Foto: Divulgação
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Se milhares de viajantes, todos os anos, decidem se aventurar por dias a fio ao longo de mais de 1,5 mil quilômetros entre o Peru e a Bolívia em busca de paisagens inóspitas e ruínas de Macchu Picchu, por que não lançar a eles também o desafio de explorar o território da Amazônia Legal e o Pantanal mato-grossense?
É basicamente esta a ideia por trás do termo de cooperação técnica assinado na tarde desta terça-feira (10) pela Secretaria Estadual de Turismo (Sedtur) com a Embratur e os Estados do Acre e de Rondônia para, juntos, formatarem uma rota turística a ser explorada pela iniciativa privada da Cordilheira dos Andes ao Pantanal.
Com a pavimentação da rodovia Transoceânica, responsável por ligar o Brasil ao Peru e ao Oceano Pacífico, pelo menos a parte da integração que diz respeito ao Acre já está consolidada, mas o intuito do termo de cooperação é traçar a rota turística ainda pelos Estados de Rondônia e Mato Grosso.
“Macchu Picchu não precisa ser o destino final, pode ser a porta de entrada”, resumiu a titular da Sedtur, Teté Bezerra (PMDB), que anunciou para a partir de seis meses a formatação de um verdadeiro produto turístico a ser explorado pela iniciativa privada – a qual está fornecendo consultoria ao trabalho por meio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), pelo trade turístico de Mato Grosso e pela companhia aérea Trip.
Focada no transporte regional de passageiros, a Trip inclusive está em processo de adaptação para receber selo de autorização para operar internacionalmente e já antevê a consolidação da rota Amazônia-Andes-Pacífico por meio do aeroporto de Rio Branco (AC) – o qual poderia servir de polo na integração com o Peru, levando viajantes a cinco principais aeroportos daquele país: os de Iquitos, Pucalipa, Lima, Cuzco e Puerto Maldonado, segundo explicou o representante da empresa Victor Celestino.
Por terra, a secretária de Turismo acredita que a rota tem, por enquanto, maior viabilidade para chegar a Mato Grosso passando por Rondônia, mais especificamente por Vilhena – entrando no Estado por meio de Comodoro e rumando sul passando por Pontes e Lacerda até a região pantaneira de Cáceres, no Oeste de Mato Grosso.
Produto turístico
Uma vez estabelecido o roteiro, governos estaduais, Itamaraty e governo federal passariam a divulgá-lo e a fomentar sua exploração turística também de olho no intercâmbio comercial com Bolívia e Peru, salientou a secretária de turismo do Acre, Ilmara Rodrigues.
A secretária inclusive mencionou o trabalho junto às embaixadas do Peru e com o Itamaraty para que, aproveitando o ótimo momento vivido nas relações multilaterais da comunidade dos países sul-americanos, a presidenta Dilma Rousseff e o presidente do Peru, Ollanta Humala, participem de solenidade de inauguração oficial da rodovia Transoceânica – o que chamaria ainda mais a atenção para o novo produto turístico da região.
Já o secretário de Turismo de Rondônia, Basílio Leandro Oliveira, apostou na proposta diferenciada do roteiro, pois é uma forma de mudar o perfil do visitante internacional no Brasil – que não tem somente “sol e praia” a oferecer.
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