Choque de honestidade e competência- Por Valdemir Caldas
Foto: Divulgação
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A Constituição Federal garante o acesso à saúde como direito de todos e dever do Estado. Em passado não muito distante, a propaganda oficial dizia que a saúde do povo era a suprema lei. E hoje?
Quem já precisou recorrer ao Hospital de Base ou ao João Paulo Segundo sabe que a realidade é completamente diferente daquilo que tem procurado mostrar a propaganda governamental.
Até quem acreditava conhecer os problemas da saúde estadual, como o governador Confúcio Moura, hoje, se declara surpreso com o abismo no qual está mergulhado o setor. Isso mostra que as medidas profiláticas, adotadas até o momento, não resultaram em solução.
Em conseqüência, a população, sobretudo os segmentos mais desvalidos, que não têm plano de saúde, continua sentindo na pele as agruras de um sistema caótico e esquálido.
É o caso de uma moradora da rua Aruba, bairro JK I. Depois de passar dois dias num dos corredores do João Paulo Segundo, sentada no chão, com o pulso direito fraturado, soube que o aparelho de raio-x estava quebrado. O jeito foi voltar para casa e apelar para a providência divina.
Os problemas que envolvem a saúde pública rondoniense, à semelhança do que ocorre no resto do país, não se restringem apenas à escassez de recursos, como procuram justificar as autoridades de plantão, ou, então, a falta de logística, como disse o presidente do Sindicato Médico de Rondônia, Rodrigo Almeida. Vão mais além, desde a incompetência de alguns gestores até a corrupção que corrói as estranhas no sistema. Principalmente ela. É brincadeira o que tem sido pilhado do erário, sobretudo da saúde.
Quando o poder da corrupção, manejado pelas hidras espoliadoras do dinheiro público, compromete a eficiência das instituições e organismos públicos, fazendo com que administradores ineptos promanem da força de grupos políticos, e não do celeiro da honestidade, da competência e da integridade, o resultado é o que se tem visto, aqui e alhures.
A situação de abandono em que se encontra a saúde pública, em todos os níveis de poder, está a exigir das autoridades um choque de honestidade e competência.
A população, cada vez mais vítima de um sistema de saúde falido, não pode ficar na mão, tendo que enfrentar todo tipo de humilhação para conseguir uma consulta, um exame ou mesmo uma internação. Um choque de honestidade e competência é do que precisa a saúde estadual.
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