ONZE MILHÕES - Reaberta há pouco mais de um mês, Praça da Madeira Mamoré já apresenta deterioração - Vídeo e Fotos

Para se ter uma idéia, uma boa parte dos milhares de bloquetes assentados na praça já estão se esfarelando com as chuvas do inverno amazônico...

ONZE MILHÕES - Reaberta há pouco mais de um mês, Praça da Madeira Mamoré já apresenta deterioração - Vídeo e Fotos

Foto: Divulgação

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Há cerca de 30 dias o Rondoniaovivo denunciou o abusivo valor gasto na reforma da praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. (Veja matéria). Também foi feita uma comparação com outras obras públicas, incluindo a construção da nova sede do Ministério Público do Trabalho. Porém, o que ninguém esperava era que apesar de ser considerada a praça mais cara do Brasil, os insumos utilizados na reforma são de baixa qualidade. Verdadeiros atentados aos preceitos de qualidade.
Para se ter uma idéia, uma boa parte dos milhares de bloquetes assentados na praça já estão se esfarelando com as chuvas do inverno amazônico. Isso mesmo, mesmo sendo supostamente de concreto, o piso em diversos pontos da praça está se deteriorando com simples chuvas. Um serviço porco de péssima qualidade. (Veja fotos abaixo)
As peças de madeira aplicadas na praça, incluindo os bancos, deck e lixeiras de madeira já estão desbotando o verniz, além de deixar  um visual horrível, também abre caminho para o apodrecimento das “madeiras brancas”. (veja fotos abaixo)
A pintura do galpão histórico já está descascando, demonstrando na prática que a suposta restauração usou material de terceira qualidade. (Veja fotos abaixo). E olha que as referidas reformas consumiram três longos anos, com a supervisão do IPHAN, através do cineasta Berto Bertagna.
No dia da inauguração, o prefeito Roberto Sobrinho afirmou que foram gastos nesta primeira etapa da revitalização do Complexo Madeira Mamoré, o montante de R$ 11.000.000,00 (Onze Milhões de Reais), dinheiro repassado pelo Ministério do Turismo e pelo Consórcio Santo Antônio Energia.
A pergunta que não quer calar. Tem algum promotor do Ministério Público Estadual e Federal que acredita que foram gastos onze milhões de reais neste local? Tem algum que acredita que tem algo de errado nesta planilha orçamentária?
As várias obras inacabadas e os constantes transtornos, aliados ao total descaso de representantes públicos que deveriam investigar e denunciar supostos
abusos de políticos parece estar se transformando em um coquetel sedativo que transformou a população de Porto Velho em uma comunidade que perdeu a noção de valores quando o assunto é gasto do erário com obras públicas.
Comparações
Em comparação com outras obras realizadas dentro da capital podemos realizar um comparativo entre a inauguração da primeira etapa da praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré e a construção do prédio da Procuradoria Regional do Trabalho da 14º Região, localizada na esquina da avenida Presidente Dutra com avenida Calama, no centro de Porto Velho.
A construção da nova sede da Procuradoria do Trabalho está orçada no valor de R$ 10,374,700,32 (Dez milhões, Trezentos e setenta e quatro mil reais e Trinta e dois centavos). No projeto da obra está uma área de 5.562m², terá cinco pavimentos, um moderno elevador, implantação de toda a tubulação de ar-condicionado, além de utilização de materiais de construção nobres como granito, blindex e mármore.
Como pode ser visto, fica mais caro para o contribuinte a prefeitura de Porto Velho reformar uma parte de uma praça Madeira Mamoré do que o MPT construir um moderno prédio com toda a infra-estrutura necessária.
Praça no Paraná
No município de Santa Terezinha de Itaipu, localizado no estado do Paraná, a revitalização de uma praça de 10 mil m², foi anunciado para a população, o valor licitado para a obra ficou na quantia de R$ 390.000,00 (Trezentos e noventa mil reais).
Significa que com os mais de onze milhões gastos na revitalização apenas da primeira parte da praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, seria possível revitalizar mais de 30 praças com o mesmo porte, estrutura da praça revitalizada em Santa Terezinha de Itaipu. Se formos comparar pela extensão da praça no Paraná, foi gasto R$ 390 mil para revitalizar 10 mil m², com o dinheiro da praça da Madeira Mamoré, seria possível revitalizar 30 hectares de praça. 
O fato é que essas comparações apresentam o valor exorbitante gasto para revitalizar apenas uma parte do Complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, que ainda está longe de ser totalmente colocado a disposição da população portovelhense.
Um valor absurdo que ainda não colocou em atividade o museu da Estrada de Ferro ( existe suspeita de furto de peças históricas – veja aqui), um valor que não instalou sequer sistema de irrigação na grama colocada que com certeza irá perecer quando o período de seca chegar, um valor que deixa realmente a comunidade estupefata com a forma que estão gerindo as verbas dentro do município de Porto Velho.
DESAFIO
É possível a prefeitura apresentar a planilha de custos da praça mais cara do Brasil? Podem colocar tudo numa grande placa para o contribuinte ao visitar a praça, saber quanto foi gasto com cada item? Os gestores públicos têm coragem para tanto? Acreditamos que não.
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