A lição do TRE - Valdemir Caldas

A lição do TER - Valdemir Caldas

A lição do TRE - Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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É inegável o empenho do Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia, no sentido de moralizar o processo eleitoral. Ainda que suas medidas encontrem resistências nem sempre fáceis de serem removidas, percebe-se, claramente, o esforço daquela instituição em modificar, profundamente, hábitos e costumes políticos condenáveis, que enxovalham a política, aqui e noutras latitudes, desde há muito.
 
O indeferimento de algumas candidaturas, cujos nomes são bastantes conhecidos da opinião pública, nos mais diferentes colégios eleitorais do estado, é uma prova bem concreta de quanto um bom exemplo pode ser seguido.
 
Não quero, aqui, contudo, julgar os acertos e desacertos das decisões judiciais, particularmente, com relação a esse ou aquele postulante. Apenas reforço o que escrevi em colaborações anteriores, ou seja, até agora, não parece ter o TRE exorbitado de suas prerrogativas legais, nem decidido, aleatoriamente, como protestam os que se dizem prejudicados.
 
Infelizmente, nem todos são alcançados pelas garras da lei. Não é de hoje, porém, que a sociedade tem conhecimento de acusações graves que pesam sobre os ombros de autoridades e políticos rondonienses. Muitas delas, inclusive, já chegaram ao conhecimento da mais alta corte do país, sem que os envolvidos tenham sido sequer incomodados pela presença de um oficial de justiça.
 
Por isso, a enorme curiosidade da população, quanto à apuração de determinados fatos, sobretudo porque eles se caracterizam por acusações graves, sem que, até hoje, se conheça inteiramente a verdade. Sabe-se que, no bom direito administrativo, qualquer acusação a um servidor pode seguir-se do sumário afastamento do acusado de seu cargo, ainda que esse tenha resultado de concurso público. Logo, as denúncias contra políticos e autoridades não podem cair na vala comum do esquecimento, nem passar incólume ante a mão de ferro da justiça.
 
Não adianta apenas julgar e condenar. É preciso que se reponha aos cofres públicos a dinheirama canalizada para os bolsos desses parasitas, dessa gente indigna, que sequer deveria conviver em sociedade, quanto mais se arvorar o direto de representante do povo. Um desses falastrões aparece no programa eleitoral dizendo que sonhou com isso, sonhou com aquilo, como se as poucas conquistas do povo rondoniense fossem o resultado de seu estoicismo e de sua competência parlamentar. Tenha santa paciência!
 
A cada pessoa que morre à míngua num leito de um hospital da rede pública, só faz aumentar o débito desses pigmeus de caráter no tribunal do inferno. Sirva a conduta do TRE como alerta. Agora, terão que chorar na cama que é lugar quente e aconchegante.
Direito ao esquecimento

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