A Câmara de Vereadores de Porto Velho entrou de recesso parlamentar terça-feira (12) e vai até o dia três de agosto, sem que o presidente da Casa, José Hermínio Coelho (PT) se tenha manifestado a respeito do pedido de uma reunião, solicitada por uma comissão de três servidores (eleita em assembléia da categoria), por meio de um abaixo-assinado, contendo mais de 60 assinaturas, para tratar de vários temas, como reajuste salarial, pagamento de férias atrasadas, incorporações de gratificações e aumento do auxílio alimentação, compromissos esses, aliás, anteriormente assumidos pelo próprio presidente durante reuniões com a categoria.
Nos últimos vinte dias, a Comissão vem tentando dialogar com o presidente, mas Hermínio tem-se recusado a receber os representantes dos servidores. Difícil aceitar esse tipo de conduta de alguém cuja trajetória de luta foi toda ela construída no movimento sindical, como presidente, por vários mandatos, do sindicato dos trabalhadores no transporte coletivo de Porto Velho.
A interlocutores, porém, Hermínio tem dito que não há recursos para atender o pleito dos funcionários, mas o Portal Transparência da Prefeitura de Porto Velho, do dia 22 de junho, mostra uma relação de servidores (conhecidos na casa como os amigos e amigas do presidente) que teriam recebido benefícios atrasados, cujos valores variam de 1.500 a 51.000 reais.