Hospital de Base implanta procedimento cardíaco de última geração

Hospital de Base implanta procedimento cardíaco de última geração

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Foto: Divulgação

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O Hospital de Base Ary Pinheiro, de Porto Velho, conta agora com um procedimento cardíaco inédito no estado. Trata-se da intervenção denominada Cardioversor Desfibrilador Implantável (CDI), destinada a recuperar pacientes com risco de morte súbita (taquicardias), e que foi realizada na manhã desta quinta-feira (8) pelos médicos José Carlos Mulaski e Arleto Zacarias Silva Júnior, em um paciente de 53 anos, residente no município de Espigão do Oeste.
 
De acordo com os médicos, a implantação do CDI, aparelho capaz de monitorar e tratar os ritmos anormais do coração, é feita com tecnologia de ponta e consiste em um grande avanço com vistas a reduzir o número de óbitos por causas simples, como taquicardias, que anualmente vitimam cerca de 6% da população mundial. “As doenças do sistema elétrico cardíaco consistem em bradicardia, insuficiência cardíaca e taquicardia, sendo o aparelho CDI mais indicado para essa última”, explicou Mulaski.
 
O CDI, ainda conforme Arleto Júnior, funciona como um marcapasso, gerando eletrodos, que servem para monitorar e identificar as alterações do ritmo do coração e, quando necessário, corrigi-las. “Os eletrodos monitorizam o ritmo cardíaco, liberam energia para estimulação do coração, cardioversão ou desfibrilação”, disse, completando com a informação de que o aparelho armazena todas as informações provenientes dos eletrodos para determinar o tipo de ritmo.
 
Os dois médicos garantiram que o procedimento para o CDI é simples, com duração média de 2 horas, com o paciente sob sedação leve e anestesia local, podendo receber alta em até três dias. Sobre a localização, eles informaram que geralmente é implantado na região do tórax, abaixo da clavícula do lado esquerdo ou direito, por uma incisão de aproximadamente 2 centímetros na pele.
 
Conforme o diretor do Hospital de Base, Amado Rahhal, os procedimentos cirúrgicos têm avançado gradativamente no HB, evitando que os pacientes se desloquem a outros centros mais avançados. Exemplo disso, segundo ele, em 2006, sob o comando do cardiologista José Carlos Mulaski, ocorreu a implantação do primeiro marcapasso, e em 2008, já com a participação do cardiologista Arleto Júnior, foi feita a primeira cirurgia cardíaca. “Para se ter uma ideia, de janeiro de 2009 a junho de 2010, mais de 100 pacientes receberam um marcapasso”, revelou Mulaski.
 
A partir de agora, o paciente beneficiado pelo CDI terá acompanhamento clínico e técnico realizado pelos próprios médicos do HB.
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