O professor e prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, já mostrou que não tem nenhum resquício de respeito e consideração pelos seus companheiros de classe.
Cansados de esperar pela generosidade do prefeito, os profissionais em educação da capital, decidiram paralisar suas atividades, nos próximos dias.
Acreditam que, assim, conseguirão arrancar uns caraminguás de Sobrinho, já que ele se recusa a sentar-se à mesa para negociar com o sindicato da categoria.
O quadro na educação municipal, à semelhança do que ocorre no âmbito estadual, é desalentador. São profissionais mal remunerados, escolas velhas e outras caiando aos pedaços. Faltam professores e material de expediente. Algumas estão tomadas pelo matagal, servindo de refúgios para marginais e animais peçonhentos.
Centenas de crianças e adolescentes, que enfrentam, a duras penas, os grilhões da miséria e da promiscuidade social, mais uma vez, serão prejudicados, por culpa, exclusiva, do prefeito e de sua secretária municipal de educação.
Há, hoje, um encadeamento temeroso de problemas, que ninguém sabe, ao certo, onde vai desaguar, mas que, desgraçadamente, prejudica, de forma cruel, desumana, as camadas mais carentes da sociedade.
Na avalanche da incúria administrativa, que corrói as estranhas da administração petista, é impossível esquecer o problemático sistema de transporte coletivo.
O usuário, além dos costumeiros infortúnios do dia-a-dia (assaltos, roubos, estupros, baixos salários e fome), ainda é obrigado à exploração descarada, tendo que pagar uma das tarifas mais caras do país para andar em calhambeques, caindo aos pedaços, simplesmente porque o prefeito não tem coragem para quebrar o monopólio.
Durante toda a campanha eleitoral, Sobrinho bradou, incansavelmente, sobre “um nove jeito de fazer política”, deixando claro que, se eleito fosse, administraria para os portovelhense, e não para castas privilegiadas, acabando, destarte, com as benesses do poder e a generosidade oficial concedida a grupelhos. E o pior é que muita gente acreditou nessa balela.
O município de Porto Velho está a precisar de um governo que governe, de uma administração que tenha idéias organizadas em torno daquilo que seja o melhor para a cidade e, sobretudo, para a sua gente, começando por salários decentes aos que prestam serviços à máquina, como os profissionais em educação, dentre outras categorias funcionais. A incompetência de Sobrinho acabará levando os professores à greve.