Hoje , 29, no Clube Kabanas, acontece a 5ª versão do Baile Municipal da administração Roberto Sobrinho. Para participar, é necessário conseguir convite junto à coordenação, na sede da Fundação Iaripuna. O evento abre oficialmente o carnaval de Porto Velho e dá poderes à sua Majestade , o Rei Momo 1º e Único, para reinar sobre a cidade durante os dias de carnaval.
Antigamente, o carnaval acontecia apenas entre o sábado “Gordo” e a quarta- feira de cinzas. Na realidade, o período oficial do carnaval é de domingo a terça- feira. “São três dias de folia e brincadeira, você pra lá, eu pra cá, até quarta- feira”.
Sábado Gordo é o sábado que chamamos de sábado de carnaval. Em nossa cidade, é o dia do desfile da Banda do Vai Quem Quer.
Geralmente, o Rei Momo desembarcava de uma Litorina vinda da Vila de Santo Antônio, na estação da Estrada de Ferro Madeira- Mamoré e lá já estavam esperando o Rei da Folia, os blocos dos clubes Ypiranga, Danúbio Azul Bailante Clube, Guaporé, Imperial, Bancrevea, União Operária e bloco da Dona Jóia. Além das escolas de samba Deixa Falar e Triângulo Não Morreu.
Ao desembarcar da Litorina, o Rei Momo recebia das mãos do prefeito de Porto Velho a Chave da Cidade. Após essa solenidade, o cortejo subia a Sete de Setembro, onde geralmente, era montado um palanque onde ficavam o Rei Momo e as autoridades municipais.
Esse palanque era montado na Praça Rondon, ou então no cruzamento da Sete com a José de Alencar.
Depois os desfiles passaram para a Presidente Dutra e o palanque era montado na rua José do Patrocínio entre o prédio do hoje restaurante do Sesc e o prédio da Associação Comercial de Guaporé/Rondônia. À noite acontecia o Baile Municipal, que geralmente era realizado no Clube Ypiranga, onde só entrava quem fosse convidado pelo prefeito da cidade.
O colunista Sérgio Valente, por muitos anos, coordenou o Baile Municipal.
O Baile Municipal coordenado pelo Sérgio Valente não era para convidado e sim para quem comprasse a mesa, às vezes o comprador da mesa recebia como brinde uma garrafa de Uísque para consumir durante a festa que passou a acontecer no Clube dos Oficiais do 5º BEC.
A única semelhança entre o Baile Municipal coordenado pela Comissão da Prefeitura e o coordenado pelo Sérgio era o traje que tinha que ser fantasia ou passeio completo (paletó e gravata) e, claro, a música.
Depois que o Sérgio Valente partiu dessa para outra melhor, como diz o ditado, ninguém mais se atreveu a realizar o baile.
Até que em 2006 o prefeito Roberto Sobrinho autorizou o Ariel Argobe, então Secretário de Cultura, a resgatar a tradição do Baile Municipal.